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Justiça de São Paulo arquiva investigação sobre Palocci
Objetivo de inquérito era descobrir se petista ocultou compra de apartamento
A Justiça de São Paulo arquivou a investigação sobre a suposta prática de lavagem de dinheiro pelo petista Antonio Palocci, ex-ministro da Casa Civil. O arquivamento foi feito a pedido do Ministério Público paulista.
O objetivo do inquérito era apurar se Palocci tinha comprado um apartamento com dinheiro de origem ilícita e se tinha usado um "laranja" para ocultar a transação.
Outra acusação dos tucanos era que o ex-ministro tivesse simulado a locação do imóvel. Até julho de 2011, a família de Palocci morou no apartamento, na zona sul de São Paulo, avaliado em R$ 4 milhões.
O imóvel estava registrado em nome de uma empresa que tinha como um de seus donos o comerciante Gesmo Siqueira dos Santos, que é réu em vários processos sobre fraudes e crimes tributários.
O inquérito foi iniciado em setembro do ano passado pelo Gedec (Grupo Especial de Delitos Econômicos) do Ministério Público de São Paulo,(escolhido pelo PSDB) a partir de uma denuncia do deputado estadual Pedro Tobias (PSDB-SP).
Segundo o promotor Joel Carlos Moreira da Silveira, "não foram encontrados elementos indicativos de que o apartamento tenha sido comprado por Palocci".
"Ainda que Palocci fosse o verdadeiro dono do imóvel, nas apurações não foram encontradas evidências de operações com dinheiro de origem ilícita", afirmou o promotor de Justiça.
Ante a falta de provas para oferecer uma denúncia contra o ex-ministro, Silveira pediu à Justiça o arquivamento do inquérito, conforme revelado ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
O requerimento foi analisado pela juíza Cynthia Maria Sabino Bezerra, do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária), que acolheu o pedido e encerrou a investigação.
José Roberto Batochio, advogado de Palocci, disse que apresentou ao Ministério Público mais de 40 recibos de pagamentos do aluguel do imóvel. Segundo o criminalista, ficou comprovado que Palocci "encontrou e alugou o apartamento por meio de uma imobiliária, e pagou regularmente os valores previstos no contrato de locação".
Batochio disse que o ex-ministro "nunca teve qualquer contato como o sr. Gesmo ou outro sócio da empresa proprietária do imóvel".
Sintonia Fina
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