4 de abr. de 2013

ALCKMIN SE CALA SOBRE SALLES. É CONIVENTE?


Assessoria de imprensa informou ao 247 que o governo paulista não deve se pronunciar sobre as declarações do secretário particular do governador, Ricardo Salles, sobre a ditadura, por se tratarem de opinião pessoal; ou seja: Geraldo Alckmin (PSDB) não pedirá as desculpas exigidas por Marcelo Rubens Paiva; fundador do movimento Endireita Brasil, advogado questionou a existência de crimes durante o regime militar e teve até tucanos contra ele...




O governo de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) não deve se pronunciar sobre as declarações do secretário particular do governador, Ricardo Salles, em favor da ditadura. Ao 247, a assessoria de imprensa informou se tratar de uma questão pessoal. Durante um evento em comemoração ao golpe de 1964 no Clube Militar, no ano passado, o advogado de 37 anos questionou a existência de crimes durante o regime militar: "Não vamos ver generais e coronéis, acima dos 80 anos, presos por causa dos crimes de 64. Se é que esses crimes ocorreram...", disse.
A declaração veio à tona nesta quarta-feira 3, quanto o jornalista Marcelo Rubens Paiva, cujo pai foi preso e morto num quartel durante a ditadur, exigiu um pedido de desculpas do governo de São Paulo e do jovem secretário, fundador do movimento Endireita Brasil. O filho do deputado Rubens Paiva lembrou, em sua coluna no site do jornal O Estado de S.Paulo, que nesta semana, na cerimônia de entrega de parte dos arquivos do DOPS-SP digitalizados, o governador apareceu acompanhado de Salles, "um provocador que já disse coisas como 'felizmente tivemos uma ditadura de direita no Brasil'", escreveu o escritor.
O secretário tentou explicar: "O que quis dizer é que nem todos os militares cometeram crimes. Nunca neguei que houve crimes na ditadura". Mas não adiantou, uma vez que até tucanos ficaram constrangidos com as declarações. O ex-governador Alberto Goldman disse que falta conhecimento de história ao advogado, enquanto o senador Aloysio Nunes se disse contra "quando se tenta negar a existência de violações aos direitos humanos". Secretários estaduais que combateram a ditadura atacaram a manutenção do cargo de Salles, que estaria jogando contra o esforço de Alckmin em contribuir para esclarecer o período de repressão.

SINTONIA FINA - @riltonsp

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