6 de mar. de 2013

Morre Chávez: Emergência Latino-Americana




A esperança socialista em todo o mundo tem os olhos voltados para a América Latina nesse momento.

Hoje mais que nunca, é o olhar de uma vigília tensa e solidária. Chávez se foi.  O povo venezuelano está convocado para uma tarefa histórica: superar-se no mais duro teste de uma revolução, que é sobreviver aos seus líderes e resistir ao implacável, previsível e ardiloso cerco conservador. Quem demonizou Chávez em vida não poupará o seu legado após a morte. 

Em 14 anos de governos consagrados pelo voto popular, Chávez erradicou o analfabetismo na Venezuela; multiplicou por 16 o total de médicos à serviço da população; dobrou os gastos sociais  com a  receita do petróleo, antes evadida para contas no exterior; reduziu a  pobreza em 37% e cortou à metade o desemprego. 

Cometeria porém, um grave erro: não traduziu esses avanços na organização de um partido forte e enraizado na sociedade. Se quiser sobreviver agora ao líder, cabe ao chavismo unir-se de olhos postados no horizonte mais amplo da História. 

O mundo range e ruge sob o peso da velha ordem neoliberal . Ela estilhaçou, mas ainda respira. O fracasso dos governos e agendas progressistas pode  restaurar a supremacia de forças e interesses que jogaram a humanidade na crise capitalista mais grave desde 1929. 

Avançar no passo seguinte da história regional nesse momento significa eleger Nicolas Maduro, o mais depressa possível. E apoiar a construção do seu governo com ampla e democrática organização popular. Do sucesso dessa transição depende não apenas o futuro da Venezuela. Está em jogo, em boa parte, o destino político dos povos, os sonhos, os avanços e conquistas condensados num colar de governos latinoamericanos progressistas, que fez da justiça social o novo nome da soberania política no século 21. 

Carta Maior


SINTONIA FINA

- via Esquerdopata

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