O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, tomou a primeira medida dura de sua gestão nesta quinta-feira 10. Em ordem emitida internamente à equipe de 27 secretários e 31 subprefeitos, determinou que moradores sejam removidos imediatamente das áreas de risco da cidade. Atualmente, a capital paulista possui 93 áreas de alto risco, de acordo com dados de 2011 do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). No total, são 417 áreas de risco.
Caso a família não queira sair, a ordem é para que sejam convocadas a Polícia Militar ou a Guarda Civil Metropolitana (GCM). A remoção só deve acontecer depois de uma avaliação técnica, que pode partir de um geólogo, engenheiro ou por determinação judicial. Os imóveis sob risco de desabamento serão interditados e as famílias deverão receber da Prefeitura bolsa-aluguel de até R$ 500 por mês.
Prioridade da gestão
Esta é a segunda grande medida tomada por Haddad nessa área, considerada prioritária em sua gestão. Assim que assumiu a Prefeitura, o petista anunciou um extenso pacote, com 16 medidas emergenciais, contra enchentes. Parte do projeto é firmar parceria com o IPT, que pertence à USP, para realizar um monitoramento diário nas áreas de risco em épocas de chuva.
"O IPT já fez um mapeamento dessas áreas de risco, mas hoje não há um número suficiente de geólogos para fazer o monitoramento diário dessas áreas no período de chuvas. (...) Se o IPT tiver a possibilidade de nos atender no curtíssimo prazo, vamos fechar o convênio o quanto antes", afirmou. Na ocasião, Haddad também anunciou uma reestruturação da Defesa Civil, que está defasada em muitas regiões.
Sintonia Fina
- com 247
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