Veja aqui o que o Partido da Imprensa Golpista (PIG) não mostra!
Por Altamiro Borges
Em outubro de 2011, a Comissão de Ética abriu procedimento para investigar o ex-ministro do Esporte, que havia sido atacado pela criminosa revista Veja.
Na segunda-feira (11), a Comissão de Ética da Presidência da
República decidiu arquivar o processo contra o ex-ministro Orlando Silva por
suposto envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos. Segundo o
presidente do organismo, Sepúlveda Pertence, a denúncia foi arquivada “por
absoluta falta de provas”. A mídia demotucana, que durante mais de um mês
satanizou o ex-ministro do Esporte, até agora não deu qualquer destaque para a
decisão. É mais uma prova de que faz um jornalismo canalha.
Em outubro de 2011, a Comissão de Ética abriu procedimento para investigar o ex-ministro do Esporte, que havia sido atacado pela criminosa revista Veja.
A publicação da famiglia Civita, famosa por promover assassinatos de reputações
e por produzir “reporcagens” sensacionalistas, deu amplo espaço ao ex-policial
João Dias Ferreira, um notório bandido, que acusou Orlando Silva de desviar
recursos do Programa Segundo Tempo, que financia projetos de ONGs para
estimular a prática de esportes entre jovens.
Perseguição desumana e brutal
Durante mais de um mês, a “reporcagem” da Veja, sem qualquer
prova concreta e baseada nas declarações de um chantagista, foi amplificada. Ela
ganhou as manchetes dos jornalões e foi destaque nos telejornais.
“Calunistas”
amestrados aproveitaram para demonizar Orlando Silva e seu partido, o PCdoB. A
história do jovem ministro, ex-presidente da UNE, foi execrada publicamente, sem dó nem piedade. A
sua família foi vítima de brutal e desumana perseguição. A cada dia surgia mais
um factoide contra o ex-ministro.
Em decorrência do pesado bombardeio, a presidenta Dilma
Rousseff cedeu mais uma vez à operação “derruba-ministro” da mídia e Orlando
Silva deixou o governo.
Na sequência, o ex-policial João Dias foi preso três
vezes consecutivas, acusado por corrupção ativa e atos de violência – inclusive suspeita
de assassinato. Já a Comissão de Ética, analisando todas as denúncias,
comprovou que nada havia contra o ex-ministro e, só agora, decidiu arquivar o
processo “por absoluta falta de provas”.
O silêncio dos assassinos de reputações
A mesma mídia venal que promoveu a cruzada para derrubar o
ex-ministro agora não dá qualquer destaque para a sua absolvição. A
decisão da Comissão de Ética não foi destaque no Jornal Nacional nem
manchete da Folha, Estadão e O Globo.
A revista Veja, hoje envolvida em
denúncias sobre a sua associação com o crime organizado, não deverá
tratar do assunto na edição desta semana. Já os "calunistas" da mídia,
notórios jagunços de aluguel, também estão quietinhos.
No livro “O
jornalismo canalha”, José Arbex, colunista da revista Caros Amigos,
denuncia os mecanismos de manipulação usados pela
mídia hegemônica para interferir na agenda política e defender seus
interesses comerciais.
A obra, publicada em 2003, é bastante atual e
deveria
ser lida por aqueles que ainda se iludem sobre a neutralidade da mídia e
também pelos pragmáticos que ainda insistem em manter o "namorico com a
mídia" canalha, evitando enfrentar o urgente debate sobre a
democratização da comunicação no país.
Sintonia Fina
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