Veja aqui o que o Partido da Imprensa Golpista (PIG) não mostra!
O Ministério Público (MPE) de Minas
Gerais deflagrou ontem a Operação Laranja com Pequi para desbaratar
fraudes em licitação no valor de R$ 166 milhões para o fornecimento de
quentinhas em presídios mineiros e R$ 19 milhões para merenda escolar em
Montes Claros. De acordo com as investigações, pelo menos um terço dos
valores das marmitas (eram fornecidas em média 44.659 por dia), cerca de
R$ 55,3 milhões, eram desviados por meio de superfaturamento ou
fornecimento de alimentação de baixa qualidade.
Uma das empresas acusadas pelo
MPE de comandar o esquema — a Stillus Alimentação — pertence a Alvimar
Oliveira Costa, irmão do senador Zezé Perrela (PDT) e ex-presidente do
Cruzeiro. O apartamento do empresário, no Vale do Sereno, em Nova Lima,
na Grande BH, foi alvo ontem de um mandado de busca e apreensão. Também
foi expedida ordem de prisão contra o vice-presidente do Cruzeiro, José
Maria Fialho, sócio-diretor da Stillus....
Policiais federais e militares e
agentes da Receita Estadual levaram documentos e computadores da casa de
Alvimar. O grupo tinha sete empresas, algumas em nome de laranjas, e
cerca de 40 contratos com o poder público somente em Minas Gerais.
Também foram efetuadas prisões e apreensões de documentos em Belo
Horizonte, Montes Claros, Patos de Minas, Juiz de Fora, Itaúna, Três
Corações, onde foi preso o diretor administrativo da penitenciária da
cidade, Roni Buzzeti, já exonerado, e em Dianópolis, Tocantins, onde foi
detido o diretor da penitenciária de Palmas (TO), Átila Ferreira Lima.
Foram presos ainda os sócios da
Stillus e de outras seis empresas do ramo de alimentação industrial que
atuavam em conluio nos processos licitatórios, secretários e servidores
municipais, o vereador de Montes Claros Athos Mameluque (PMDB) e um
dirigente do time de vôlei Montes Claros/Bonsucesso, Vitor Felipe
Silveira, conhecido como Vitão do Vôlei. O ex-pregoeiro da Secretaria de
Defesa Social, Bruno Vidotti, considerado pelo MPE o "faz-tudo da
organização criminosa", teve a prisão decretada. As fraudes eram
promovidas no âmbito das secretarias de Estado de Defesa Social e de
Administração, do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG) e da
Prefeitura de Montes Claros. Além de Minas, a empresa de Alvimar fornece
alimentação para órgãos públicos na Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro,
Tocantins e Mato Grosso.
As investigações, segundo o
promotor do Patrimônio Público, Eduardo Nepomuceno, começaram em 2009
após uma denúncia de formação de cartel e fraude na escolha do
restaurante instalado na Cidade Administrativa. Uma das empresas
desclassificadas denunciou ao MPE fraude na licitação. O promotor
adiantou que vai pedir o cancelamento dos contratos suspeitos.
Interceptações telefônicas autorizadas judicialmente comprovam, de
acordo com o MPE, que os empresários investigados combinavam com
antecedência os preços e condições que seriam oferecidas para
fornecimento de refeições destinadas à população carcerária,
restaurantes populares e escolas públicas.
Ressarcimento
Por
meio de nota, o governo de Minas apoiou integralmente a operação e
adiantou que, se for identificado algum desvio de conduta ou de
recursos, serão tomadas as medidas cabíveis para ressarcir os cofres
públicos. A nota diz ainda que os contratos das empresas investigadas
para fornecimento de quentinhas serão auditados.
A empresa Stillus Alimentação
informou que os documentos solicitados na ordem de busca e apreensão
sempre estiveram à disposição do Fisco e das autoridades do estado. A
empresa informou ainda que seus diretores haviam comparecido dias antes
ao Ministério Público, onde foram prestadas as declarações necessárias
sobre os fatos em apuração.
R$ 185 milhões
Valor total dos contratos das licitações
Esquema
Como funcionava:
»
Um grupo de empresas se revezava nas licitações para fornecimento de
alimentação para órgãos públicos. A cada concorrência, uma delas ganhava
o certame, com preço previamente combinado. Geralmente, as
concorrências eram superfaturadas e as refeições
eram de baixa qualidade.
» Para garantir sucesso na
montagem dos procedimentos, as empresas contavam com o apoio de
servidores públicos que elaboravam os editais de concorrência para
direcioná-los para o grupo liderado pela Stillus Alimentação, registrada
em nome de Alvimar Oliveira Costa, irmão do senador Zezé Perrela (PDT) e
ex-presidente do Cruzeiro.
» O principal alvo das empresas
era o fornecimento de comida para presos e agentes penitenciários e
merenda para escolas públicas.
Números:
» R$ 166 milhões: total dos contratos somente para os presídios
» R$ 19 milhões: valor destinado a merenda escolar para a
Prefeitura de Montes Claros
» R$ 55 milhões: estimativa de desvio
Empresas investigadas:
» Stillus Alimentação Ltda.
» ISO Engenharia Ltda.
» Bom Menu Comércio e Alimentação Ltda.
» Gaúcha Alimentação Coletiva Ltda.
» MC Alimentação Coletiva Ltda.
» Gomes Maciel Refeições Coletivas Ltda.
» Nutrição Refeições Industriais Ltda.
» Sabor da Gente Ltda.
» Oanflor Indústria Alimentícia
» Santa Efigênia Indústria Alimentícia Ltda.
Um comentário:
Caracas!! Roubar de presidiário e merenda escolar é fim de linha!
A propósito, como será que ficou a investigação do cunhado e do sobrinho de dona Lu Alckmin denunciados num esquema de desvio de verbas para merenda escolar?
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