Veja aqui o que o Partido da Imprensa Golpista (PIG) não mostra!
O
“Bom (Mau) Dia Brasil”, da TV Globo, fez novamente hoje um grande
esforço para proteger os tucanos de São Paulo, seus aliados políticos e
de negócios, no decorrer de 18 anos que os emplumados paulistas e
paulistanos e seus aliados do DEM e também do PSD estão à frente do
Governo e da Prefeitura de São Paulo.
O
motivo da proteção se dá porque os metroviários e os ferroviários
cruzaram os braços, e por causa das greves o trânsito de São Paulo, que é
um caos em sua rotina diária, transformou-se em um pandemônio, porque
cerca de cinco milhões de pessoas ficaram sem ter acesso aos transportes
de massa sobre trilhos e tiveram de se locomover por ônibus, lotações,
carros e similares, o que levou o paulistano a ter de enfrentar um
engarrafamento de 202 km, o maior da história da megalópole.
“O
Mau Dia Brasil”, da TV Globo, ficou muito preocupado com tal bagunça e
irresponsabilidade e por isso, como sempre acontece algum problema
social, criminal e administrativo em São Paulo, os âncoras do “Mau Dia
Brasil”, da TV Globo, tentam nacionalizar os problemas causados pela
irresponsabilidade dos tucanos e, evidentemente, pelos seus cúmplices,
neste caso a TV Globo e seus jornalistas que corroboram para amenizar os
malfeitos contra o sofrido povo trabalhador de São Paulo.
Contudo,
considero que o povo paulista deveria, urgentemente, parar de votar em
tucano neoliberal e de direita e assim dar fim ao sofrimento imposto por
neoliberais que quase afundaram o Brasil quando estavam no poder e hoje
efetivam uma política neoliberal em São Paulo e sua capital, que
degrada o poder público e seu patrimônio, que são as empresas estatais
paulistas, que foram vendidas, alienadas ou terceirizadas para
privilegiar grupos privados e atender a ganância de empresários sem
escrúpulos e sem compromisso com o total da sociedade do estado
bandeirante.
Foto: Luiz Guarnieri/AE
Os
“âncoras” Renata Vasconcellos e Alexandre Garcia cumpriram muito bem e
mais uma vez seus papéis de porta-vozes e defensores dos interesses de
seus patrões e do governo do PSDB paulista. Renata Vasconcelos, como
sempre, após a repórter de rua e a “âncora” Carla Vilhena, diretamente
do estúdio do “Mau Dia Brasil” em São Paulo, anunciarem e mostrarem o
caos paulistano, prontamente emite a seguinte frase: “Não é só em São
Paulo, Carla!”. Propositalmente, a apresentadora Renata nacionaliza a
crise ao tempo que a difunde pelo Brasil e com isso desvia a atenção
sobre os governantes do estado e da capital que tem o mesmo nome. Renata
e Alexandre pensam que enganam a quem? Só se for os eleitores do José
Serra.
Se
esses acontecimentos ocorressem no Rio de Janeiro ou em outra metrópole
brasileira jamais se ouviria tal frase que tenta, em vão, disfarçar,
dissimular, distorcer e amenizar o que até os mortos e os recém-nascidos
sabem: São Paulo é um caos, a corrupção ainda não foi investigada como
ocorre na esfera federal, os investimentos públicos diminuíram, a
violência é sistêmica, a poluição é insuportável e o trânsito mata o
paulistano de desgosto ou de raiva.
Só
quem não sabe disso é a TV Globo, os políticos tucanos paulistas e os
barões da imprensa do Estadão, da Folha, de O Globo e das revistas Veja e
IstoÉ, além de parcela grande da população que se recusa perceber,
depois de 18 anos de desgoverno do PSDB/DEM, que os governantes tucanos
são os autores do retrocesso econômico e social de São Paulo, que,
evidentemente, não tem mais o poder que tinha antes no que concerne à
Federação.
Foto: Luiz Guarnieri/AE
Para
o oligopólio midiático privado o Brasil é São Paulo. Acontece que não
é. Está muito longe disso, como provou o estadista gaúcho Getúlio Vargas
no já longínquo, distante ano de 1930. E por que eles insistem em agir
assim? Porque é em São Paulo onde estão, em maior número, as oligarquias
que controlam os diferentes meios de produção, inclusive o midiático,
porta-voz das elites econômicas e o setor mais reacionário do mundo
empresarial.
Por
isso, a dificuldade de os governos progressistas governarem sem
sobressaltos graves, que levam confusão à população, que tem
praticamente como canais de notícias empresas controladas por
empresários que querem, historicamente, um Pais para poucos
privilegiados, com apenas 30 milhões de consumidores — em vez de 200
milhões — e de preferência governado por políticos pautados por eles,
exemplificados no neoliberal FHC, que vendeu o Brasil, foi ao FMI três
vezes de joelhos e com o pires na mão e se recusou a investir na maior
riqueza de qualquer País, que é o seu povo.
Depois
temos de aturar essa gente que foi cúmplice e sócia da ditadura
empresarial/militar a falar de liberdade de expressão e de imprensa no
direitista Instituto Millenium, como se nada tivesse acontecido no
passado. Apoiaram um golpe de estado financiado por estrangeiros — o que
é grave traição à Pátria —, passaram 20 anos a mamar nas tetas do
Estado militarizado, pois são patrimonialistas, e se tornaram cúmplices
da censura da qual eles mesmos se tornaram “vítimas”. O general e
presidente Ernesto Geisel afirmou uma vez (frase não literal): “Acabei
com a censura porque percebi que os órgãos de comunicação se
autocensuram”. Mais do que isso, certamente, o general sabia que os
barões da imprensa eram mais reacionários do que ele próprio pensava
quando assumiu (inconstitucionalmente) o poder.
Foto Mário Angelo/Sigmapress/Folhapress
Eu
sou exemplo e vítima da censura praticada pelos empresários midiáticos e
por seus jornalistas de confiança. O meu blog, o “Palavra Livre”, que
era, seguramente, o mais lido pelos leitores foi extinto pelo “Jornal do
Brasil” em janeiro deste ano. Censuraram-me da forma mais desrespeitosa
possível, porque após dois dias do “sumiço” do blog do elenco de
blogueiros que fica na capa do JB online, resolveram me dar a
"oportunidade" de receber a informação, por e-mail, que o meu perfil não
se adequava à nova reestruturação do jornal, que, evidentemente, nunca
foi reestruturado. A diretoria do JB pediu a minha cabeça e apagaram o
blog sem, no entanto, avisar-me. Realmente, o general Geisel sabia o que
falava e principalmente com que tipo de gente estava a lidar.
“O
Mau Dia Brasil” é uma ode à insensatez e à manipulação dos fatos e das
realidades que acontecem e se apresentam para a sociedade. Deve ser
muito duro para o jornalista, de acordo com suas conveniências e metas
profissionais, ter de servir de veículo vivo dos interesses empresários e
políticos dos barões da imprensa. Obviamente que alguns jornalistas,
além de concordar com tudo isso, ainda são mais empenhados que seus
patrões no que tange a atender os interesses das empresas onde
trabalham. Como diz o Mino Carta, “jornalista no Brasil é o único que
chama patrão de colega”. E completo: alguns jornalistas são
politicamente mais reacionários que seus patrões e péssimos chefes de
seus colegas de profissão. Geisel tinha razão. É isso ai.
Sintonia Fina
- com Guerrilheiro Virtual
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