Veja aqui o que o Partido da Imprensa Golpista (PIG) não mostra!
Os jornais “O Globo” e “O Dia” de sexta-feira, 18 de Maio de 2012, parecem provar que a teoria da relatividade, de Albert Einstein, pode ser aplicada ao jornalismo. Enquanto O Dia mostra equilíbrio, O Globo não esconde sua eterna mania de crise.
Por Ana Helena Tavares
Como pode uma verdade ser contada de duas maneiras diferentes de forma a que pareça negativa ou positiva? Jornalistas sabem bem como. Se o número de postos de trabalho cresceu do último mês para o atual e se caiu com relação aos últimos três anos e ambas as afirmações são verdadeiras o que leva a que uma ou outra seja a escolhida para o título de uma matéria?
Ora, um jornalista só vai procurar o que aconteceu há exatamente três anos (por que três e não dois? ou quatro?) se for incumbido da missão de encontrar motivos para o uso da palavra crise. Que graça tem a bonança? Mas também não é preciso ser tudo bom. É possível se fazer uma matéria falando que “apesar do que aconteceu há um ano”, a média atual é melhor.
Os jornais “O Globo” e “O Dia” de sexta-feira, 18 de Maio de 2012, parecem provar que a teoria da relatividade, de Albert Einstein, pode ser aplicada ao jornalismo. Trazem matérias sobre o mesmo assunto que rivalizam em enfoque e exemplificam com primazia o problema colocado aqui.
“O Dia” anuncia: “Mais de 200 mil empregos em abril”. E prossegue no lead: “o mercado oferece cada vez mais oportunidades aos trabalhadores brasileiros”. Já “O Globo” lamenta: “Criação de empregos é a menor em três anos”, tasca a “crise” no subtítulo e abusa de termos negativos.
A matéria de “O Globo” em nenhum momento traz uma única palavra positiva. Estaria quem a escreveu de mau humor? Por esse prisma, o jornalista de “O Dia” devia estar em momento eufórico. Mas não. Ele pesou os prós e contras e não foi procurar dados suspeitamente antigos.
“O Dia” informa o lado ruim – “redução em relação a abril de 2011” – sem deixar de informar o bom: “o desempenho do mercado de trabalho em abril foi o melhor do ano”. Já “O Globo” assinala já no 1º parágrafo que o Brasil teve “o pior desempenho desde abril de 2009”. No entanto, depois disso, não dá nenhuma brecha a contrapontos.
Mas, esperem, em 2009 o presidente não era Lula? Será que “O Globo” insinua que o governo do ex-sindicalista foi melhor para os trabalhadores do que o de Dilma? Estranha defesa súbita daquele a quem eles sempre atacaram. Não, não é nada disso. A questão é que se voltassem mais no tempo e comparassem com o governo FHC, aí Dilma ganharia de goleada e a matéria teria que ter pelo menos uma palavrinha positiva. É dura a vida dos jornalistas.
E os que escreveram essas matérias parecem viver em mundos paralelos, universos opostos, longínquos um do outro (ou será que são ou seus patrões que vivem?). Um jornal como “O Globo” – que tanto gosta de cobrar que se vejam os “dois lados” – pode ficar míope em determinados assuntos?
Ah, mas questões trabalhistas são um prato cheio para a miopia global. Desde João Goulart é assim. As organizações Globo vivem em um mundo, a sociedade em outro. E não precisam mentir para manipular. Basta omitir e inverter a verdade.
Sintonia Fina
Por Ana Helena Tavares
Como pode uma verdade ser contada de duas maneiras diferentes de forma a que pareça negativa ou positiva? Jornalistas sabem bem como. Se o número de postos de trabalho cresceu do último mês para o atual e se caiu com relação aos últimos três anos e ambas as afirmações são verdadeiras o que leva a que uma ou outra seja a escolhida para o título de uma matéria?
Ora, um jornalista só vai procurar o que aconteceu há exatamente três anos (por que três e não dois? ou quatro?) se for incumbido da missão de encontrar motivos para o uso da palavra crise. Que graça tem a bonança? Mas também não é preciso ser tudo bom. É possível se fazer uma matéria falando que “apesar do que aconteceu há um ano”, a média atual é melhor.
Os jornais “O Globo” e “O Dia” de sexta-feira, 18 de Maio de 2012, parecem provar que a teoria da relatividade, de Albert Einstein, pode ser aplicada ao jornalismo. Trazem matérias sobre o mesmo assunto que rivalizam em enfoque e exemplificam com primazia o problema colocado aqui.
“O Dia” anuncia: “Mais de 200 mil empregos em abril”. E prossegue no lead: “o mercado oferece cada vez mais oportunidades aos trabalhadores brasileiros”. Já “O Globo” lamenta: “Criação de empregos é a menor em três anos”, tasca a “crise” no subtítulo e abusa de termos negativos.
A matéria de “O Globo” em nenhum momento traz uma única palavra positiva. Estaria quem a escreveu de mau humor? Por esse prisma, o jornalista de “O Dia” devia estar em momento eufórico. Mas não. Ele pesou os prós e contras e não foi procurar dados suspeitamente antigos.
“O Dia” informa o lado ruim – “redução em relação a abril de 2011” – sem deixar de informar o bom: “o desempenho do mercado de trabalho em abril foi o melhor do ano”. Já “O Globo” assinala já no 1º parágrafo que o Brasil teve “o pior desempenho desde abril de 2009”. No entanto, depois disso, não dá nenhuma brecha a contrapontos.
Mas, esperem, em 2009 o presidente não era Lula? Será que “O Globo” insinua que o governo do ex-sindicalista foi melhor para os trabalhadores do que o de Dilma? Estranha defesa súbita daquele a quem eles sempre atacaram. Não, não é nada disso. A questão é que se voltassem mais no tempo e comparassem com o governo FHC, aí Dilma ganharia de goleada e a matéria teria que ter pelo menos uma palavrinha positiva. É dura a vida dos jornalistas.
E os que escreveram essas matérias parecem viver em mundos paralelos, universos opostos, longínquos um do outro (ou será que são ou seus patrões que vivem?). Um jornal como “O Globo” – que tanto gosta de cobrar que se vejam os “dois lados” – pode ficar míope em determinados assuntos?
Ah, mas questões trabalhistas são um prato cheio para a miopia global. Desde João Goulart é assim. As organizações Globo vivem em um mundo, a sociedade em outro. E não precisam mentir para manipular. Basta omitir e inverter a verdade.
Sintonia Fina
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