Veja aqui o que o Partido da Imprensa Golpista (PIG) não mostra!
Site da Abril diz que divulgação do relatório derruba a tese do conluio entre a quadrilha de Cachoeira e a revista Veja, amparando-se no senador tucano; não é piada |
Aparentemente, os editores de Veja não leram o inquérito divulgado pelo
247 sobre a Operação Monte Carlo.
Ou o fizeram de forma apressada. No
site de Veja, a principal matéria informa que o “discurso anti-imprensa
perde força”, ancorando-se em declaração do senador Álvaro Dias,
transformado em porta-voz informal da empresa.
De acordo com Veja,
grupos hostis à liberdade de expressão estariam dispostos a colocar em
risco o jornalismo investigativo. Não, Roberto Civita. Não, Fábio
Barbosa.
Não se trata de jornalismo investigativo, mas de jornalismo que
mereça ser investigado – como no caso da invasão do Hotel Naoum para
colocar fogo na República, a pedido de um bicheiro. Leia, abaixo, o
texto de Veja:
Discurso anti-imprensa 'perde força', diz Alvaro Dias
Vazamento do inquérito da operação Monte Carlo derruba tese
dos que pretendiam usar a CPI do Cachoeira para atacar o jornalismo
investigativo
O vazamento do inquérito da operação Monte Carlo comprova que o
suposto conluio entre a imprensa e a quadrilha do contraventor Carlinhos
Cachoeira nunca passou de uma invenção de grupos hostis à liberdade de
expressão – o que inclui setores do PT e seus aliados. A íntegra das
investigações reforça o óbvio: o jornalismo investigativo cumpriu o seu
papel sem se sujeitar à máfia.
Em um dos trechos interceptados pela Polícia Federal, o senador
Demóstenes Torres diz a Cachoeira que tentará esvaziar os efeitos de uma
reportagem de VEJA sobre a empresa Delta, publicada há cerca de um ano.
O senador diz que o assunto vai esquentar no Congresso. Afirma que
alguns colegas, como Alvaro Dias (PSDB-PR), já tentavam levar os
representantes da construtora para falar ao Congresso.
O trecho revela que a quadrilha e seu mais fiel aliado político foram
atingidos pela denúncia contra a companhia, que atuava como um braço da
máfia, e tentaram minimizar o estrago e esvaziar o discurso da própria
oposição. Em uma segunda conversa, dias depois, Demóstenes afirma ter
cumprido o objetivo. Eis a transcricão feita pela Polícia Federal: "Ah
num deu em nada não cê viu né? Eu arrumei um… uma maneira de fragilizar o
discurso".
O senador Alvaro Dias afirmou neste sábado ao site de VEJA que as
revelações do inquérito devem amenizar o ímpeto dos parlamentares que
pretendiam usar a CPI do Cachoeira para agredir a imprensa: "Agora esse
discurso perde força. Mas que houve uma tentativa de avançar sobre a
imprensa, houve". Ele chama de "fascista" a ofensiva sobre os meios de
comunicação e diz que a explicação para o rancor está clara: "São os
adeptdos do mensalão tentando se vingar dos algozes deles".
Líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR) também acredita que o
vazamento do inquérito deve colaborar para desmoralizar o discurso
anti-imprensa. "Da nossa parte, isso não vai prosperar. É um vezo
autoritário, uma tentativa de constranger o jornalismo investigativo",
afirma. O parlamentar diz que os ataques aos meios de comunicação são
uma tentativa de tirar o foco do essencial: as ramificações políticas da
quadrilha de Cachoeira.
Jogo duplo – Na conversa com o contraventor, Demóstenes revelou
preocupação com a cobrança feita pelos oposicionistas depois da
reportagem de VEJA: "Estou te ligando por isso, avisar o pessoal que
está todo mundo em cima, Alvaro Dias, não sei que..."
Mencionado na conversa, o senador Alvaro Dias conta que, na época, a
estratégia de Demóstenes não ficou clara. Mas ele diz ter notado, mais
de uma vez, um comportamento intrigante no colega: "Ele avançava e
recuava. Batia onde podia e recuava em outras situações. Agora é que a
gente começa a entender", diz ele.
Sintonia Fina
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