Na pág. A11, notável colonista (*) da Folha (**) e do Globo – diz-me com quem andas … -, aquele que consegue vestir múltiplos chapéus, tenta reescrever a História de Pinheirinho, aqui tratada de a “Nova Canudos”, da perspectiva do comandante do 2º distrito militar, general Arthur Oscar de Andrade Guimarães, que perpetrou o Massacre de Canudos. |
Segundo Euclides da Cunha, no capítulo II sobre a Quarta e finalmente vitoriosa expedição sobre os “invasores” de Canudos, Arthur Alckmin Oscar só aceitou a elevada função depois de pronunciar notável frase:
“Todas as grandes ideias têm os seus mártires. Nós estamos voltados ao sacrifício de que não fugimos para legar à geração futura da família Naji Nahas uma propriedade firme e respeitada.”
(A frase, de fato, comete o generalíssimo Arthur Oscar à Elevada Tarefa de salvar a República de uns maltrapilhos invasores, catadores de papel.)
A menção a Canudos e Euclides é uma forma de homenagear o notável historialista de chapéus, porque o que faz não é História nem Jornalismo.
Foi ele quem, desde o primeiro momento do Massacre, chamou Naji Nahas de “financista”.
Neste domingo sombrio da Folha, ele diz, textualmente:
“Pode-se achar que essas iniciativas (os Massacres da Cracolândia e da Nova Canudos – PHA) foram desastradas, mas estavam entre suas atribuições.”
O general Golbery, a quem o supra citado colonista dispensa o tratamento de um Thomas Jefferson na construção da Democracia brasileira, também considerou uma lambança o atentado do Riocentro, que pretendia matar o Chico Buarque e mil espectadores num show de música.
Uma lambança.
Se estivesse a cargo do general Geisel, Pinheirinho não teria sido uma lambança.
(A Geisel, o notável historialista dedica o papel de George Washington na fundação da Democracia brasileira.)
A versão do notável colonista/historialista coincide com a dos tucanos serristas, que este ansioso blogueiro ouviu na Nova Canudos.
Explica-se.
O notável colonista/historialista é daqueles que chamam o Cerra de “Serra” e, de madrugada – há testemunhas dessa cena sombria – os dois trocam receitas de veneno.
Outra revisão da História a Folha (*) aplica à seção “Ilustríssima”, que não é Ilustre nem tem ilustrações.
Trata-se de uma descoberta trepidante.
Do fotógrafo da Polícia Civil que fez a foto do “enforcamento” do Vladimir Herzog, no Doi-Codi de São Paulo, em 1975.
O depoimento do supra-citado fotógrafo é de uma inutilidade colossal.
Não revela absolutamente nada.
“Não tive liberdade. Fiz aquela foto praticamente da porta.”
E daí ?
O que tem isso a ver com a morte do Herzog ?
Quem o matou ?
Quem o pendurou ali ?
Que lenço branco era aquele em torno do pescoço ?
O fotógrafo explica tudo:
“Ele usava uma Yashica 6×6 TLR, câmera tipo caixão, biobjetiva, com visor na parte de cima, semelhante a uma Rolleiflez.”
Que furo !
Exclusivo da Folha !
Agora, amigo navegante, essa inutilidade travestida de História serve para a a Folha dedicar duas páginas inteiras a recontar o assassinato de Herzog com tintas de heroismo e defesa incansável dos Direitos Humanos.
A Folha como paladino da Liberdade.
Sim, amigo navegante, a Folha do Caldeira e do “seu” Frias, que emprestavam os carros de reportagem, com o logo da Folha pintado, e as páginas a Folha da Tarde aos mesmos assassinoso do Herzog.
Viva o Brasil !
Paulo Henrique Amorim
Sintonia Fina
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