Foi preciso que uma agência de notícias estrangeira – a Reuters
- viesse esclarecer as razões do governo brasileiro sobre o acordo com o
México, que isenta de taxação a importação de automóveis entre os dois
países.
Passamos uma semana
ouvindo “sumidades” dizendo que o Brasil reclamava do acordo porque, de
alguns anos para cá, a balança virou em desfavor de nosso país, quando
antes nos era benéfica.
Aí vem a
Reuters e explica: o problema é que, segundo uma fonte ouvida pela
agência, atualmente “apenas 20 por cento das peças dos carros produzidos
no México e importados para o Brasil são produzidas naquele país e o
restante é proveniente dos Estados Unidos, usando acordos firmados no
âmbito do Nafta”.
O Nafta, como se sabe é o North American Free Trade Agreement, Tratado de Livre Comércio da América do Norte, que isenta de impostos a importação entre México, EUA e Canadá.
Nestas
condições, estamos comprando mais de US$ 2 bilhões em veículos, na
prática, fabricados nos EUA, com isenção de impostos que estamos negando
aos chineses e coreanos. Foram 134, 6 mil veículos em 2011, 80% a mais
do que em 2010.
Mais que um contra-senso, um absurdo.
A mídia brasileira, porém, prefere tratar como se fosse um problema com o México. Não é. É com o Tio Sam de sombrero que o Nafta criou.
Sintonia Fina
-Com Texto Livre (Tijolaço)
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