Deixa o Fernando Henrique saber disso ... |
Saiu no Estadão reportagem de Marcelo Godoy:
Alckmin, Kassab e comando da PM não sabiam de início de ação na cracolândia
Ocupação que deveria ocorrer em fevereiro, após abertura de centro de atendimento, foi antecipada após decisão do 2.º escalão
SÃO
PAULO – A Operação Cracolândia foi precipitada por uma decisão do
segundo escalão da Polícia Militar (PM) e do governo do Estado. Há dois
meses, a ação era planejada em alto nível. O governador Geraldo Alckmin
(PSDB), o prefeito Gilberto Kassab (PSD) e as cúpulas da Segurança
Pública, Assistência Social e Saúde das duas esferas de governo estavam
acertando tudo para que o trabalho começasse em fevereiro, depois da
abertura de um centro de atendimento com capacidade para 1,2 mil
usuários de drogas na Rua Prates, no Bom Retiro.
Eles
queriam evitar, por exemplo, que os dependentes se espalhassem pela
cidade depois do cerco à cracolândia. Outro objetivo era evitar que a
operação focasse apenas políticas de segurança pública, ampliando-a para
as pastas sociais.
Até que na
segunda-feira houve uma reunião de segundo escalão, na qual Luís Alberto
Chaves de Oliveira, o Laco, coordenador de Políticas sobre Drogas da
Secretaria de Estado da Justiça, disse ao coronel Pedro Borges,
comandante da região central de São Paulo, que o governador queria a
operação. O coronel disse que poderia fazê-la de imediato, pois tinha
acabado de receber 60 homens da escola de soldados.
Assim,
na manhã de terça-feira, ele pôs o time em campo sem nem sequer avisar o
Comando-Geral da PM, o governador e a Prefeitura. E acabou criando um
mal estar entre os dois governos.
Sintonia Fina
via Com Texto Livre
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(Cláudio Abramo)
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