Quem somos nós?
A
opção pela militância em defesa dos Direitos Humanos, antes de uma
escolha política, é uma radical opção ética, pela qual iremos nos
dedicar permanentemente na construção de uma sociedade referenciada no
direito à vida e orientada pelo senso de Justiça e pela cultura de paz.
Tal escolha não admite atitudes dúbias, omissões, conivências ou concessões com fatos que se oponham ou
se interponham aos direitos da pessoa humana. É, pois, uma doação de
tamanha generosidade que não aceita atitudes de acomodações, ainda que
possa nos colocar em situação de vulnerabilidade ou mesmo risco de vida.
Não conheço ex-militante de Direitos Humanos. Conheço, sim, histórias
de companheiros e companheiras que tiveram suas vidas subtraídas pela
ousadia de denunciar quem cometeu crimes contra a pessoa humana, a
sociedade e o meio ambiente.
A luta pela consolidação dos Direitos Humanos exige persistência, desconhece cansaço e não convive com a desesperança.
Exemplo disso é a promulgação da Lei de Acesso a Informações Públicas e
da lei que cria a Comissão da Verdade, leis que resultam de uma luta
que, por mais de quatro décadas, nunca se interrompeu.
Temos em
nossa militância um único e inarredável compromisso: o compromisso com a
verdade. Verdade que deve ser buscada e anunciada em toda sua
transparência, para elucidar violações dos direitos, exigindo do Estado a
aplicação de medidas legais para punir quem cometeu tais violações.
Se desejamos viver em um mundo de paz, precisamos garantir proteção aos
cidadãos e criar a consciência individual e coletiva de que todos são
iguais perante a lei e devem ter iguais direitos e oportunidades.
Para ser um militante pela causa dos Direitos Humanos e ter
credibilidade no exercício dessa ação política, questionadora e muitas
vezes incompreendida, não basta o discurso das ideias. É necessário que
nossa vida, pessoal, social e política seja consonante com os elevados
princípios.
Não é tão difícil ser brasileiro...
Sintonia Fina O Povo
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