5 de dez. de 2011

Os dez parlamentares mais influentes do Congresso em 2011

“O grau de influência dos parlamentares, a julgar pelas escolhas feitas pelos “Cabeças”, depende muito da relevância dos cargos que ocupam no Congresso”



O DIAP acaba de concluir o resultado da pesquisa que faz anualmente entre os 100 “Cabeças do Congresso” para a eleição dos 10 parlamentares mais influentes. A consulta aos parlamentares aconteceu entre os dias 26 de outubro e 1 de dezembro, tendo votado 65 congressistas, sendo 43 deputados e 22 senadores. Veja, a seguir, quantos parlamentares de cada partido participou da consulta.


Partido Cabeças  2011 Votantes  Dez mais %
DEM 9 8 89
PCDOB 7 4 57
PDT 10 4 40
PMDB 14 5 36
PP 1 1 100
PPS 3 2 67
PR 3 3 100
PSB 4 3 75
PSD 1 1 100
PSDB 13 8 62
PSOL 2 1 50
PT 27 20 74
PTB 5 5 100
PV 1 0 0
Total 100 65 65

O resultado da consulta, que indicou representantes das cinco regiões do país, foi equilibrado em termos de peso político entre situação e oposição; valorizou a posição institucional do parlamentar, já que todos são líderes ou presidente das Casas do Congresso;  e, proporcionalmente, mostrou-se mais favorável ao Senado.


Colocação Cargo Nome Partido Estado TOTAL DE VOTOS
Deputado Marco Maia PT RS 42
Deputado Cândido Vaccarezza PT SP 37
Senador José Sarney PMDB AP 35
Deputado Henrique Eduardo Alves PMDB RN 30
Senador Romero Jucá PMDB RR 23
Deputado ACM Neto DEM BA 22
Senador Renan Calheiros PMDB AL 22
Senador Demóstenes Torres DEM GO 21
Deputado Duarte Nogueira PSDB SP 20
10º Deputado Paulo Teixeira PT SP 20


No plano regional, lideram o ranking as regiões Sudeste, representada por São Paulo, e a Nordeste, representada pelo Rio Grande do Norte, Alagoas e Bahia, com três parlamentares cada; seguidas da região Norte, com dois parlamentares, representada por Amapá e Roraima, e das regiões Sul, representada pelo Rio Grande do Sul, e Centro-Oeste, representada por Goiás, com um cada.

Partidariamente, lideram a lista dos mais influentes os dois principais partidos da base de sustentação do governo, estando em primeiro lugar o PMDB, com quatro parlamentares, e, em segundo, o PT, com três, seguidos dos dois principais partidos de oposição, o DEM, com dois, e o PSDB, com um.

Os “Cabeças”, ao votarem para a eleição dos dez mais influentes, optaram por valorizar  o critério institucional, ou seja, o posto que o parlamentar ocupa na estrutura da Casa, já que foram escolhidos os presidentes das duas Casas do Congresso, os líderes do Governo na Câmara e no Senado e seis líderes partidários.
Nos casos de empate, optou-se por critério de ordem alfabética. Assim, ACM Neto ficou em sexto e Renan Calheiros em sétimo, mas se o critério tivesse sido a idade ou mais tempo de Parlamento ou a Casa do Congresso, poderia ter havida inversão das posições, com Renan em sexto lugar e ACM Neto em sétimo. O mesmo pode-se dizer dos deputados Duarte Nogueira e Paulo Teixeira, respectivamente em nono e décimo lugar.

Logo a seguir – num segundo grupo de parlamentares bem votados, que vai da décima primeira até a vigésima segunda posição – os senadores lideram, com Aécio Neves na 11ª colocação, com 15 votos; os senadores Álvaro Dias (PSDB), Humberto Costa (PT) e José Pimentel (PT) empatados com 12 votos cada; o senador Francisco Dornelles (PP), com onze votos; o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e o deputado Arlindo Chinaglia (PT), com dez votos cada; o senador José Agripino (DEM) e o deputado Miro Teixeira (PDT), com nove votos cada; seguidos dos deputados Chico Alencar (PSol), Henrique Fontana (PT) e senador Walter Pinheiro (PT), com oito votos cada.

Também neste segundo grupo prevalece o critério institucional. Com exceção dos senadores Aécio Neves e Aloysio Nunes Ferreira e do deputado Miro Teixeira, todos os demais exercem algum postos na estrutura da Casa. São lideres partidários os senadores Álvaro Dias, Humberto Costa e Francisco Dornelles e o deputado Chico Alencar. O senador José Pimentel é líder do governo no Congresso. O senador José Agripino é presidente de partido. São relatores de matérias relevantes os deputados Arlindo Chinaglia, do Orçamento, e Henrique Fontana, da reforma política, e o senador Walter Pinheiro, do Plano Plurianual.

O grau de influência dos parlamentares, a julgar pelas escolhas feitas pelos “Cabeças”, depende, em primeiro lugar, do exercício de missão partidária na Mesa Diretora, nas lideranças, na presidência de comissão ou em relatorias de matérias relevantes. E, segundo, depende da reputação e, neste quesito, apenas três parlamentares estão nessa condição porque não ocupam posto institucional, e todos estão no segundo grupo: Aécio Neves, Aloysio Nunes Ferreira e Miro Teixeira.
Estes, na opinião dos “Cabeças do Congresso”, são os parlamentares com mais poder ou capacidade de influência no Poder Legislativo Federal. 


Sintonia Fina - Antônio de Queiroz

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