É manobra maliciosa essa história de comparar o livro "Privataria Tucana" ao Dossiê Cayman.
O
dossiê era um amontoado de papéis sem nexo e sem lógica. Afirmava que
uma tal conta em ilhas Cayman era de propriedade conjunta de Covas,
Sérgio Motta, FHC e Serra. Era tão inverossímil que dizia que o nome da
conta eram as iniciais dos quatro - Covas não suportava a aliança com
Serra e FHC.
Esse
dossiê foi veiculado na Folha pelo esquema jornalístico que gravitava
em torno de Paulo Maluf desde a CPI dos Precatórios. E o principal
crítico de sua inconsistência fui eu. É só conferir no livro "O
jornalismo dos anos 90".
Era
tão inconsistente que, embora praticasse o mesmo denuncismo que o
vitima hoje, o PT não ousou explorá-lo - tinha sido oferecido para Lula -
depois que Márcio Thomas Bastos analisou-o e concluiu pela sua
inconsistência.
O livro de Amaury Ribeiro Jr tem como base documentos oficiais, obtidos de forma lícita em CPIs, Juntas Comerciais etc.
A
diferença entre ambos é tão gritante que, na época, rebati a farsa do
Dossiê Cayman sem dispor de nenhuma informação adicional: apenas
analisando o besteirol que era publicado.
Agora,
tendo toda a velha mídia à sua disposição, Serra limita-se a tentar
desqualificar o autor e a fazer comparações descabidas com o Dossiê
Cayman.
Sintonia Fina - Com Texto Livre
"O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter"
(Cláudio Abramo)
(Cláudio Abramo)
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