19 de dez. de 2011

Dossiê Cayman e Privataria Tucana

É manobra maliciosa essa história de comparar o livro "Privataria Tucana" ao Dossiê Cayman.
 
O dossiê era um amontoado de papéis sem nexo e sem lógica. Afirmava que uma tal conta em ilhas Cayman era de propriedade conjunta de Covas, Sérgio Motta, FHC e Serra. Era tão inverossímil que dizia que o nome da conta eram as iniciais dos quatro - Covas não suportava a aliança com Serra e FHC.
Esse dossiê foi veiculado na Folha pelo esquema jornalístico que gravitava em torno de Paulo Maluf desde a CPI dos Precatórios. E o principal crítico de sua inconsistência fui eu. É só conferir no livro "O jornalismo dos anos 90".
 
Era tão inconsistente que, embora praticasse o mesmo denuncismo que o vitima hoje, o PT não ousou explorá-lo - tinha sido oferecido para Lula - depois que Márcio Thomas Bastos analisou-o e concluiu pela sua inconsistência.
 
O livro de Amaury Ribeiro Jr tem como base documentos oficiais, obtidos de forma lícita em CPIs, Juntas Comerciais etc.
 
A diferença entre ambos é tão gritante que, na época, rebati a farsa do Dossiê Cayman sem dispor de nenhuma informação adicional: apenas analisando o besteirol que era publicado.
Agora, tendo toda a velha mídia à sua disposição, Serra limita-se a tentar desqualificar o autor e a fazer comparações descabidas com o Dossiê Cayman.
Luis Nassif

 
 


Sintonia Fina - Com Texto Livre

"O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter"
(Cláudio Abramo)

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