Em entrevista à Radio 'Estadão ESPN', o ex-presidente falou sobre, governo federal, corrupção e eleições 2012
12 de dezembro de 2011 | 11h 26
Daiene Cardoso, da Agência Estado
Andre Lessa/AE - 12.12.2011
Ex-presidente durante entrevista à rádio
Durante entrevista de uma hora, Fernando Henrique disse que em seu primeiro ano de governo a presidente Dilma Rousseff carregou uma base "maior do que a necessária" para governar e a herança do governo Luiz Inácio Lula da Silva se transformou em "entulho". "Ela levou o ano todo com o peso morto desse entulho. Ela tem de se livrar desse entulho", sugeriu.
Relembrando FHC:
As bobagens(Pérolas)de FHC
http://asintoniafina.blogspot.com/2011/12/as-bobagensperolasde-fhc.html
Na avaliação do ex-presidente, se Dilma perder alguns partidos da base aliada, isso não comprometerá a governabilidade. "A Dilma tem uma base maior que o necessário. Se ela dispensar um ou dois partidos, não acontece nada (na coalizão)", comentou. Mesmo evitando "dar conselhos" a Dilma, FHC acredita que a reforma ministerial prevista para o início de 2012 será a oportunidade de a presidente mostrar "coragem" e dar sua cara ao ministério."Acho que ela tem uma bela chance de atuar firmemente", disse.
Relembrando FHC:
FHC: 96 meses de governo; 95 ministros
http://asintoniafina.blogspot.com/2011/11/fhc-96-meses-de-governo-95-ministros.html
Embora tenha cobrado firmeza de Dilma, o tucano culpou o sistema político clientelista pela corrupção no País. "Nossa cultura aceita transgressões", resumiu. Segundo ele, a frouxidão da cultura política brasileira só pode ser mudada com o tempo e com exemplos. "É muito difícil mudar o sistema porque quem muda foi eleito pelo sistema", afirmou. Ainda que tenha sido rigoroso com as denúncias, FHC admitiu que possa ter ocorrido irregularidades em sua gestão. "Não vou dizer que não teve corrupção no meu governo, provavelmente sim", reconheceu.
FHC lembrou que o governo tucano deu prioridade a outras reformas, mas que ele não se dedicou pessoalmente à reforma política para não se tornar "refém dela". O ex-presidente disse ainda que será preciso que alguém enfrente os desafios de implementar uma reforma política. "Vai ser necessário que algum presidente tome como objetivo fazer a reforma política", disse.
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(Cláudio Abramo)
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