Se o Mr Teixeira não cair antes, bye-bye 2014
O Sintonia Fina junto com o Conversa Afiada reproduz Mauricio Stycer, no UOL:
No esforço de tornar interessante um
amistoso sem nenhum atrativo, disputado por uma seleção brasileira
desfigurada e o Gabão, 68º no ranking da Fifa, Cleber Machado e
Casagrande se desdobraram em comentários, informações e os tradicionais
exageros. Só não fizeram uma pergunta essencial: por que o Brasil se
sujeitou a um jogo desses?
Para todo mundo que assistiu à
partida, esta era a questão essencial: o que a seleção estava fazendo no
meio daquele lamaçal? Cleber e Casagrande até constataram e lamentaram o
estado do gramado, mas não acharam necessário questionar a CBF
(Confederação Brasileira de Futebol) por aceitar disputar um amistoso
nestas condições.
Cleber preferiu desfiar
conhecimentos de almanaque (talvez da Wikipédia) sobre o Gabão a
perguntar sobre o sentido desta partida. “O presidente do Gabão gosta
muito de futebol”, disse. “O país tem minérios”, observou.
É verdade que o narrador até
ameaçou uma crítica a respeito da escolha do adversário do Brasil. “A
seleção de Gabão não é uma das mais tradicionais da África”, disse. “Uma
seleção que não tem tradição mesmo no continente africano”. Mas logo
compensou, observando: “O Brasil vai enfrentar um time empolgado, que
joga a partida mais importante da história do país”.
Mauro Naves, direto de Libreville,
bem que levantou a bola para um assunto polêmico: Mano Menezes chegou
neste amistoso a 60 jogadores diferentes. Mas nem Cleber nem Casagrande
acharam que era um bom tema e não comentaram nada a respeito.
Ao final da transmissão, quando
faltavam dois minutos para o encerramento da pelada, a dupla finalmente
deixou escapar uma observação mais contundente, cobrando um time e
amistosos contra equipes mais qualificadas. Em resumo, um amistoso
absurdo, de baixa qualidade, com uma transmissão que falou muito, mas
disse pouco.
Sintonia Fina
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