17 de nov. de 2011

“Ela é a favor de matar criancinhas”. A inesquecível campanha de 2010





Palmério Dória e Mylton Severiano escreveram “Crime de Imprensa – um retrato da mídia brasileira murdoquizada”, pela Editora Plena, com prefácio de Lima Barreto ( !).




Trata-se de uma afiada e divertida reconstituição do Golpismo “murdoquiano” da “imprensa nativa”, como diz o Mino Carta, autor da epígrafe do livro:


“Na maioria dos casos, a midia é ponta-de-lança para grandes negócios.”


(Como se sabe, aqui “midia” se trata de PiG (*).)


Vamos reproduzir aqui algumas frases – é a primeira prestação dessa notável antologia – que Doria e Severiano recuperam e que indicam os crimes ou a defesa de interesses negociais – como se quiser:


- Diogo Mainardi ao reproduzir conversa com Padim Pade Cerra:


Marina é a companheira de chapa de seus sonhos.


- Merval Pereira ao consul americano:


Aécio está “firmemente comprometido” com a chapa puro sangue: ser vice do Cerra.


- Paulo Henrique Amorim:


O Vesgo do Pânico tem mais chance de ser presidente que o Cerra.


- Aácio sobre quem deveria ser  a vice do Cerra:


“A Ana Hickman”, mestre de cerimônias da convenção do PSDprê.


- Oscar Quiroga, astrólogo do Estadao:


“… seria tolice não arriscar que José Serra será o próximo Presidente”


- Jaqueline Roriz, ao lado de Jose Arruda, diante de um “pagador”:


“Você vê a possibilidade de aumentar isso ?”


- Eliane Catanhêde, na convenção do PSDB:


“O PSDB parece até que virou partido de massa, mas uma massa cheirosa.”


- William Waack, ao perceber um áudio com a voz de Dilma Rousseff:


“Manda calá a boca”.


- Alexandre Garcia sobre a candidatura de Arruda como vice do Cerra:


“Vote num careca e leve dois.”


- Clovis Rossi sobre a morte do brasileiro Jean Charles, em Londres:


“É justo dizer que no revólver que matou Jean Charles estão também as digitais do PT e de seu governo…”


- Heleno de Freitas, editor do Estadão, ao explicar por que a Agência Estado divulgou com detalhes noticia de que Cerra tinha ido a um comício em Palmas, Tocantins, embora Cerra não tivesse posto o pé lá:


“Era uma matéria de prateleira”


- Fátima Bernardes ao anunciar o ataque com bolinha de papel à cabeça do Cerra:


“A atividade (sic) de campanha do candidato do PSDB José Serra foi interrompida hoje no Rio depois que ele foi agredido num tumulto iniciado por militantes do PT”.


- Mônica Cerra, no dia 14 de setembro, um mês antes da eleição, em Nova Iguaçu, Rio, acompanhada de Índio da Costa:


“Sou a mulher do Serra e vim pedir o seu voto”


A um leitor evangélico que dizia “Jesus Cristo foi o único homem que prestou no mundo”, Mônica falou que Dilma é a favor do aborto:


“Ela (a Dilma) é a favor de matar criancinhas.”


Esta notável antologia continuará, pelas mãos de Dória e Severiano, em outros retumbantes capítulos.


Sintonia Fina - PHA

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