STJ inocenta Arruda. Agora ele pode ser Vice do Cerra
PARECE BRINCADEIRA, MAS ESTA TUDO ARMADO APARA ARRUDA VOLTAR JUNTO COM SERRA...

O STJ deixa
Saiu no Estadão:
Após decisão do STJ, provas de quatro operações da PF estão sob forte ameaça
Defesa de personagens como os
ex-governadores José Roberto Arruda (DF) e Pedro Paulo Dias (AP) recorre
à Justiça e aponta similaridade com interceptações da Boi Barrica,
anuladas pela corte
Vannildo Mendes, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA – Quatro grandes
operações da Polícia Federal estão em risco no Superior Tribunal de
Justiça (STJ). A decisão da corte de anular as provas da Operação Boi
Barrica fez crescer a mobilização de importantes bancas de advocacia do
eixo Rio-São Paulo-Brasília em favor dos réus apanhados nas operações
Voucher, Navalha, Mãos Limpas e Caixa de Pandora. Em todos esses casos,
já há no STJ recursos nos mesmos moldes do que obteve sucesso e anulou a
Boi Barrica.
Entre os personagens acusados
de corrupção e desvio de dinheiro público que esperam fulminar as provas
obtidas pela Polícia Federal estão os ex-governadores do Distrito
Federal José Roberto Arruda (sem partido), preso na Operação Caixa de
Pandora, e do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), apanhado pela Operação Mãos
Limpas, além dos envolvidos na Operação Voucher, que derrubou a cúpula
do Ministério do Turismo.
“Pedi a anulação de todo o
inquérito. A maior prova da inocência do meu cliente (José Roberto
Arruda) é que até hoje o Ministério Público não o denunciou”, afirmou o
criminalista Nélio Machado. Ele alega vícios no processo, entre os quais
grampos ilegais e espera que a jurisprudência do STJ contribua para o
descarte das provas. “Toda decisão que reconhece ilegalidade e abuso na
coleta de provas gera jurisprudência nova”, enfatizou.
Segundo Machado, Arruda sofreu
devassa completa em sua vida, a partir dos grampos ilegais de um
criminoso – o ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval
Barbosa, delator do esquema conhecido como “mensalão do DEM”. “As demais
interceptações estão fora de contexto e derivam de uma prova inicial
viciada”, acrescentou. A seu ver, embora não possa fazer analogia com o
caso de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney
(PMDB-AP), cuja decisão não conhece integralmente, ele disse que “foram
violadas as garantias constitucionais” do ex-governador Arruda.
Boi Barrica. No caso da Boi
Barrica, os ministros da 6.ª Turma do tribunal consideraram ilegais
interceptações telefônicas feitas durante as investigações, o que no
entender do STJ contamina as provas contra os réus, entre os quais
Fernando Sarney, acusado de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
Aguardam ansiosos na fila os
réus da Operação Voucher, que pôs na cadeia, em agosto, a cúpula do
Ministério do Turismo. “A Justiça e a polícia não podem passar por cima
da lei e sair ampliando o tempo e o leque de interceptações como se
fossem filhotes”, criticou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o
Kakai, que atuou na defesa do ex-secretário executivo do Turismo
Frederico Silva da Costa, o Fred, preso e apontado como cabeça do
esquema.
O advogado aponta “fraude na
interpretação do áudios” de conversa telefônica em que Fred ensina o
empresário Fábio de Mello a montar um instituto para receber recursos
públicos e ressalta que “o importante é a fachada”.
Sintonia Fina - Conversa Afiada
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