16 de abr. de 2013

PARA CRESCER, TURQUIA JOGA TOMATES NOS ESPECULADORES


País acaba de reduzir sua taxa de juros de 5,5% para 5% ao ano, embora a meta de inflação tenha sido estourada; México também reduziu juros depois de superar a meta, para estimular a atividade econômica; bancos centrais do mundo inteiro hoje discutem como  flexibilizar seus regimes de metas inflacionárias; decisão coloca ainda mais pressão sobre o Banco Central do Brasil, que, amanhã, revela sua decisão sobre a política monetária no Brasil; no resto do mundo, o lobby do tomate tem fracassado...


O Banco Central da Turquia acaba de anunciar: a taxa básica de juros da economia foi reduzida de 5,5% para 5%. O motivo é estimular a atividade econômica num país em que a meta inflacionária, de 5% ao ano, foi superada e só será alcançada, segundo o governo, no segundo semestre de 2013. Na prática, foi como se as autoridades monetárias turcas atirassem tomates nos especuladores.
A decisão turca é semelhante à do México que, no dia 8 deste mês, cortou sua taxa de juros, muito embora esteja com inflação anual em 4,25%, acima da meta de 4%. O mesmo ocorre na África do Sul, onde a inflação bateu em 6% e os juros foram reduzidos a 5%.
O que fica cada vez mais claro é que o lobby do tomate, estridente no Brasil, com direito a capas de Veja e Época, além de um colar de Ana Maria Braga, não tem sido ouvido no resto do mundo. Ontem, em Belo Horizonte, a presidente Dilma falou sobre o lobby pró-juros altos no Brasil. "Tenho ouvido discurso que eles têm feito, a novidade do tomate. O que não sabem é que uma mulher calejada na luta como esta mulher não vai permitir que um tomatezinho' venha quebrar as forças da economia e de um país que teve um povo que aprendeu a viver com inflação controlada."
Estouros das metas de inflação também estão ocorrendo em vários países do Hemisfério Norte e os bancos centrais, ao invés de subirem os juros, estão discutindo justamente como oferecer maiores estímulos às suas economias. É o que ocorre, por exemplo, na Inglaterra e no Japão.
- com 247

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