8 de fev. de 2013

“QUEM MATOU MEU PAI ?” DECISÃO DO STF FOI UMA VERGONHA !

O debate no Supremo é político, não jurídico.

Saiu no Estadão:



‘E QUEM ERA O COMANDANTE?’, QUESTIONA MARCELO RUBENS PAIVA


Filho de Rubens Paiva quer saber nome de responsável por ordenar assassinato do pai em 1971

Entrevista a Roldão Arruda

Pela Lei da Anistia de 1979, os responsáveis não podem ser punidos. 

MRP – Eu discordo. Essa é uma lei antidemocrática, promulgada com o Congresso engessado pelo Pacote de Abril, com senadores biônicos. 


Na época não existia debate democrático, a imprensa estava sob censura, as passeatas e manifestações pela anistia eram reprimidas brutalmente pela polícia. A oposição brasileira estava metade morta e metade no exílio, os partidos de esquerda não podiam existir, os sindicatos não tinham liberdade. 


Como é que alguém pode dizer que a lei, promulgada nesse clima, é democrática? Outro paradoxo dessa história é que o Brasil é signatário da carta internacional que afirma que a tortura é crime contra a humanidade e, portanto, imprescritível. Como é que o País, sendo signatário da carta, considera a tortura prescritível? A interpretação original da lei, garantindo anistia para os agentes públicos, foi referendada pelo STF. 

MRP – O debate no Supremo é político, não jurídico. Parte da sociedade não quer rever o seu passado, não quer julgar os abusos de poder. A decisão do Supremo foi vergonhosa, um vexame perante a Organização dos Estados Americanos, a Anistia Internacional e outros organismos
.


Sintonia Fina
via Conversa Afiada


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