Gisele Federicce_247 - Responsável pela Operação Durkheim, que nesta segunda-feira cumpriu 33 mandados de prisão, além de 67 de busca e apreensão, inclusive na casa de Marco Polo del Nero, vice-presidente da CBF, o delegado Valdemar Latance Neto, da Polícia Federal, explicou, na tarde desta segunda-feira, o foco da ação. "Houve uma banalização completa do direito à privacidade no Brasil", disse ele. "Surpreendeu muito a facilidade em obter essas informações".
A quadrilha, segundo ele, envolvia policiais (inclusive um federal), funcionários de empresas telefônicas, um executivo de uma instituição financeira e um grande escritório de advocacia. O esquema consistia na obtenção de dados sigilosos de inquéritos policiais, que eram usados para extorquir as vítimas. Ao todo, 180 pessoas já foram identificadas num universo de 10 mil vítimas que tiveram seus dados violados. Entre elas, estão um senador, um ex-ministro, dois prefeitos e dois desembargadores, além de um grande banco e de uma emissora de televisão.
Diretor da Polícia Federal, o delegado Roberto Troncon não forneceu os nomes das vítimas para não comprometer as investigações. "A operação ainda está em andamento", disse ele. Sobre o envolvimento do presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo del Nero, alvo de uma batida policial nesta madrugada, noticiada em primeira mão pelo 247, Troncon também não deu maiores informações.
Os alvos da Operação Durkheim serão indiciados por corrupção ativa, corrupção passiva, divulgação de segredo, violação de sigilo bancário e funcional, formação de quadrilha e interceptação telefônica clandestina. A ação também identificou sete doleiros, que movimentavam os recursos. Cerca de R$ 20 milhões em 2012.
Sintonia Fina
- com 247
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