Veja aqui o que o Partido da Imprensa Golpista (PIG) não mostra!
A Petrobras vai gastar em dez anos quase US$ 300 bilhões para explorar a primeira fase do pré-sal |
O Sintonia Fina reproduz texto do Conversa Afiada.
O PiG tem um problema com a Petrobras.
Quer fechá-la e entregar aos estrangeiros.
Isso não começou com a Petrobrax do Farol e do Cerra, seu Planejador-Maior.
Aliás, antes, os adversários da Petrobras escreviam bem e eram muito mais engraçados.
Como o Chateaubriand e o Roberto Campos, o Pai de Todos os Colonistas (*) do Neolibelismo (**) brasileiro.
(Como dizia o Delfim, o Campos era o ideólogo da Iniciativa Privada e ganhou a vida como empregado do Governo.
Esses neolibelistas (**) brasileiros …)
Agora, o PiG desistiu de explorar o pré-sal.
Talvez seja essa a maior herança do Nunca Dantes – ele reinventou a Petrobras do Dr Getúlio (o FHC ia enterrar o varguismo, lembra, amigo navegante ?) e entregou o pré-sal à Petrobras.
Aí, não tem mais jeito de o Cerra cumprir a promessa que fez à Chevron, segundo o Wikileaks.
Onde se concentra agora a bateria do PiG ?
Estes dias, o Globo, sempre o Globo, noticiou uma sessão do road-show da Presidente da empresa, Graça Foster, com investidores em Nova York.
(O Roberto Marinho só dava trégua à Petrobras, quando nomeava os presidentes, como o Hélio Beltrão.)
Por um descuido – foi deixado na poltrona ao lado do avião, numa escala – o ansioso blogueiro leu trechos de uma reportagem sobre o pré-sal da revista Exame, do mesmo grupo do Robert(o) Civita e do Policarpo Jr.
As duas peças pigais – no Globo e na revista do Robert(o) – dançam o mesmo minueto.
No fundo, no fundo, a batalha agora é em torno das vendas à Petrobras.
Se não posso explorar a maravilha do pré-sal, vou ver se tomo conta do equipamento para explorar o pré-sal.
Perdemos uma batalha, mas não a guerra, dizem os pigais a serviço dos fornecedores estrangeiros,
A Petrobras vai gastar em dez anos quase US$ 300 bilhões para explorar a primeira fase do pré-sal.
Ja imaginou, amigo navegante, US$ 300 bi ?
Uns dez por cento do PIB brasileiro.
Uma parte significativa disso tudo será gasta com fornecedores brasileiros e trabalhadores brasileiros dentro da política de “conteúdo nacional” (entre 55% e 65% valor da compra).
Aí é o xis do problema.
Os pigais jornalistas, sob variados disfarces, tentam vender o peixe assim:
1) A indústria brasileira não existe;
2) Se existe, é ineficiente e vende mais caro que a estrangeira;
3) Quando a Petrobras compra do produtor brasileiro desfalca o lucro do acionista e atrasa o serviço;
4) Dessa forma, a Petrobras “escolhe os vencedores”, “pick the winners” – uma prática nociva ao capitalismo, que consiste em o Estado escolher a empresa que vai sobreviver e crescer;
4) O trabalhador brasileiro não existe, já que vivemos um “um apagão de mão de obra”;
5) Quando existe, o trabalhador brasileiro é um bestalhão: o contínuo da Chevron em Houston é mais produtivo do que um engenheiro na Av Chile.
Há variantes mais recentes dessa política secular de desconstruir a Petrobrás.
No domingo, o Estadão conclui que a “produção está estagnada há três anos e a Petrobrás cria um plano de emergência”.
Não é verdade do início ao fim da frase.
É um exercício de wishful thinking.
Nesta segunda-feira, a Folha (***) também denuncia uma situação desesperadora, com uma “revisão” do plano de negócios de tal forma que a Petrobras, breve, chegará à conclusão de que não tem, mesmo, futuro.
(Amigo navegante: você aplicaria o FGTS para comprar ações da Petrobrás ou da Folha ? Do Globo, especialmente ações da Globo no horário matinal ? )
A Folha deixa vir à superfície outro argumento frequente: se a gasolina não aumentar, a Petrobrás quebra.
Ou seja, o PiG mata a Dilma com um tiro só: aumenta a gasolina, aumenta a inflação e não resolve os problemas da Petrobrás, porque, mesmo com preços astronômicos, ela não saberá tocar o negocio.)
Roda, roda e os argumentos são esses.
Entregar a Petrobrax – ou melhor, entregar o que a Petrobrax compra.
E a lista de compras da Petrobras é a segunda maior do mundo.
Só perde para os 25 mil quilômetros de trens-bala da China.
O que os pigais jornalistas tentam entregar ao estrangeiro é impressionante, segundo lista da Exame:
- 68 navios-plataforma;
- 22 mil quilômetros de dutos;
- 1 725 arvores de Natal (conjunto de válvulas que tiram óleo e gás do poço);
- 65 petroleiros;
- 361 navios de apoio;
- 65 sondas;
- 3,9 milhões de toneladas de chapas de aço.
Amigo navegante, já imaginou isso à disposição do Cerra, do Perillo, do Lereia, do Paulo Preto, do Ricardo Sergio de Oliveira, da filha do Cerra ?
Não tinha livro do Amaury que desse conta.
Acontece que o ansioso blogueiro acabou de entrevistar a presidente da Petrobras.
As respostas às graves pigais “denúncias” são simples.
1) A indústria brasileira existe – ela explora, por exemplo, o pré-sal, que já produz;
2) a Petrobrás está aqui para remunerar o acionista;
3) com “conteúdo nacional” e tudo ela só compra pelo melhor preço de mercado – onde estiver o equipamento e o fornecedor;
4) a Petrobrás não escolhe ninguém – a Petrobrás compra de quem tiver preço e qualidade;
5) a política de “conteúdo local” é um estímulo a que a empresa estrangeira venha para cá e contrate trabalhador brasileiro;
6) atrasar todo mundo atrasa: produtor nacional, o de Cingapura ou dos Estados Unidos. As sondas de Cingapura e da Coreia, por exemplo, atrasam 500 dias …;
7) a Petrobras não faz a política industrial do Brasil – isso é problema do Governo;
8 ) diante desse volume impressionante de compras, claro que falta mão de obra – em qualquer lugar do mundo;
9) por isso, a Petrobras investe – por lei – R$ 500 milhões por ano – em laboratórios e em centros de excelência em universidades públicas brasileiras;
10) o que os pigais jornalistas esquecem é que a Petrobras agora tem bala na agulha: pode contratar, treinar, escolher, porque está todo mundo de pires na mão, a cortejá-la;
Como esteve aqui, recentemente, a Hillary Clinton.
Que, aliás, não precisou pedir nada em público, porque o PiG pede por ela.
E aí tem outro detalhe.
O Brasil passou a ser o oitavo maior produtor de petróleo e gás do mundo.
E isso confere uma dimensão que os Chatôs, Campos, Marinhos e Fernandos e Cerras jamais conceberam: o Brasil ficou maior, mais forte, mais poderoso.
Canta de galo.
Deixou de ser Colônia.
Saiu da categoria sociológica da “dependência” – livro que define a obra e o sombrio Governo Cerra/Farol de Alexandria.
O Brasil chegou lá.
Com ele, os submarinos nucleares da Amazul, a empresa pública que vai desenvolver a tecnologia para produzir submarinos nucleares.
E, mais tarde, a bomba atômica.
Em tempo: antes que o Gilmar Dantas (****) queria saber quanto a Petrobrás anuncia no Conversa Afiada – o que corresponderia a uma ação contra ele, no próprio Suoremo – o ansioso blogueiro informa que a Presidente Graça Foster – segundo li na blogosfera – mandou, em boa hora, suspender todos os patrocínios comerciais e culturais. O que deve ter provocado calafrios na Globo, a Imaculada …
Sintonia Fina
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