Os tucanos, sempre tão ágeis para denunciar ou pedir CPI quando se
trata de erros cometidos por seus adversários políticos, se calam quando
a máquina pública e o dinheiro do contribuinte é usado por seus pares.
A questão sobre o uso das estruturas do estado na pré-campanha veio à tona na semana passada, quando o twitter da Secretaria de Cultura, administrada pelo pré-candidato Andrea Matarazzo, repassou mensagem com elogio ao tucano. A estrutura de comunicação da secretaria do Planejamento, tocada pelo presidente municipal da sigla, Julio Semeghini, também foi acionada para demandas sobre o PSDB.
Os números dos telefones dos assessores, por meio dos quais são respondidas informações institucionais das pastas, foram usados no horário comercial para marcar compromissos de pré-campanha de Matarazzo, Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia). E-mails sobre prévias também foram respondidos por assessores dentro das secretarias.
Segundo informações do Estadão, no dia 27 de janeiro, o jornal ligou para o diretório municipal do partido e pediu pela assessoria de imprensa. Recebeu, então, a informação de que questões sobre a legenda eram tratadas pela comunicação da Secretaria do Planejamento.
"Existe uma certa dificuldade de distinguir, de maneira radical e absoluta, atividade pública de uma atividade que seja estritamente partidária ou de pré-candidatura", disse Carlos Ari Sundfeld, professor da FGV-SP. "Mas existe um limite para isso, que não é exatamente fácil de distinguir em todos os casos", disse, ao Estadão.
Sintonia Fina
- Brasil Atual
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