A manobra tucana acaba se revelando um tiro no pé.
O perito estadunidense foi afastado do laboratório forense do serviço secreto dos EUA após ser preso, acusado de ter cometido perjúrio (mentido) em um tribunal de Nova York, a respeito de... um laudo sobre falsificação de documento.
Segundo o promotor apurou, foram outros peritos que periciaram os documentos, e ele depôs como se fosse o autor da perícia.
http://www.justice.gov/usao/nys/pressreleases/May04/stewartlarrycomplaint.pdf |
A nota acima, em tradução meia-boca, diz:
DAVID N. KELLEY, procurador dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, anunciou hoje que LARRY F.STEWART, Director do Laboratório do Serviço Secreto dos Estados Unidos, foi preso sob a acusação de perjúrio no início deste ano no julgamento de Martha Stewart e Peter Bacanovic. As acusações estão contidas em uma queixa-crime que foi apresentada hoje no tribunal federal de Manhattan.
Segundo a denúncia, LARRY F. STEWART testemunhou como perito no julgamento de Stewart e Bacanovic, em relação ao exame forense de tintas em uma planilha que listava várias posições de valores mobiliários detidos por Martha Stewart e que continha várias anotações manuscritas.
Modus operandi de Daniel Dantas
O curioso é que o laudo tucano é "extra-judicial", ou seja, não é uma perícia oficial do judiciário, coisa que a defesa tucana poderia ter pedido (ou talvez pediu, e quebrou a cara, pois, pelo menos o Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, já periciou o documento, e o deu como verdadeiro, inclusive as assinaturas, sem sinais de falsificação).
A estranha encomenda "extra-judicial" serve para produzir manchetes como
as do jornal Estadão e da revista Veja, e tentar influenciar o ambiente
político e judiciário (qualquer semelhança com os métodos de Daniel
Dantas para gerar matérias na imprensa, visando influir na opinião
pública e depois anexar coisas à processos não é mera coincidência).
Atualização: Um amigo leitor avisa que, após a denúncia, Larry Stewart respondeu processo e foi julgado por um juri popular,
que não o condenou. Um jurado explicou que entendeu que ele mentiu ao
tomar como seu o trabalho de outro perito, mas não deveria ser condenado
a até 10 anos de prisão por perjúrio.
Sintonia Fina
- Amigos do Lula
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