7 de fev. de 2012

Bolsa mandou a Folha embora. Falta-lhe credibilidade

Sugestão de amigo navegante que não comprou ações do UOL:

Saiu na revista Exame:

(…)


A relação do UOL com o mercado foi tempestuosa. Meses depois da abertura de capital, um relatório do banco Merrill Lynch derrubou o preço das ações em 24% em apenas um dia. O que chamou a atenção dos investidores foi o fato de que o próprio banco havia estruturado o IPO do UOL.


A desconfiança que surgiu jamais foi desfeita, e as ações patinaram para sempre (o preço pago em janeiro no fechamento de capital foi praticamente o mesmo do dia do IPO).


Segundo investidores ouvidos por ­EXAME, a empresa dava pouca importância à troca de informações com o mercado — que, em resposta, penalizava as ações.


Em seus relatórios trimestrais, dizia pouco sobre os negócios. Origem da receita? Constava como publicidade, assinatura e “outros”. Custos? Não eram detalhados. “Você basicamente não sabe de onde o dinheiro vem e para onde o dinheiro vai”, diz Luciana Leocádio, analista da Ativa Corretora.


De acordo com executivos ouvidos por EXAME, essa relação fez com que o mercado não reconhecesse aquela que é, na opinião dos controladores, uma brutal transformação no DNA da companhia. O UOL, que nasceu como um portal de conteúdo, foi se tornando uma empresa de tecnologia da informação.


De 2007 para cá, a companhia fez sete aquisições em áreas como data center, comércio eletrônico, hospedagem de sites e até games. A maior delas foi a compra da operadora de data centers Diveo, que custou 693,5 milhões de reais, no fim de 2010.


“Junto com a chilena Sonda IT, o UOL é a empresa latino-americana que mais fez aquisições na área de tecnologia nos últimos anos”, diz Fernando Belfort, analista da consultoria Frost & Sullivan.


Essa transformação, que tornou a empresa menos dependente da publicidade, poderia ter se refletido positivamente no seu valor de mercado — como isso não aconteceu, a empresa acabou ficando barata na visão dos controladores. “Apesar das aquisições, ninguém sabe o peso que os serviços de TI têm no balanço da companhia”, diz Álvaro Leal, consultor da empresa de pesquisas IT Data.

 

Sintonia Fina

- Conversa Afiada

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