5 de jan. de 2012

A transição de 2002 foi civilizada demais. Uma dura constatação

CPI da Privataria tucana chega com 10 anos de atraso.  


Tucanos se afogam em terreno movediço, de mãos dadas 


O ano virou e parece que a grande mídia aposta mesmo no esquecimento do povo para não apurar as denúncias do livro-bomba de Amaury Ribeiro Jr. em 2012.
Seus chefões não temem perder um pouco mais de suas débeis credibilidades jornalísticas.
Avaliam que quando iniciarem nova onda de "apurações" contra o governo, ninguém mais lembrará do fato, que para eles é, notoriamente, inexpressivo.

O livro já passou da casa dos 120 mil exemplares vendidos, mas o que se testemunha são primárias tentativas de desmoralizar o autor e sua obra.
Merval, Noblat e outros afoitos tucanos disfarçados de jornalistas se colocam a frente na defesa do indefensável.

Há documentos publicados que sustentam as graves acusações contra o governo FHC, principalmente contra Serra e seu núcleo familiar, durante a farra das privatizações.

Os tucanos digladiam-se e sangram em brigas, providencialmente, silenciadas pela grande imprensa.

O barulho não vaza para o grande público.
A grande imprensa prefere "lavar roupa suja em casa".

Privataria Tucana apresenta graves crimes cometidos no passado recente contra o povo brasileiro e torna escancarado o partidarismo político que norteia a linha editorial das maiores redações do país.

A aposta é claramente esperar baixar a onda do livro e tornar "repetitivo" as repercussões da blogosfera e das redes sociais, de preferência que até junho ninguém mais queira tocar neste assunto, ou se interesse por ele.

Mas e se a CPI da privataria decolar?

E se Protógenes descobrir mais desvios?

Aí já será período eleitoral e o estrago para o tucanato pode ser ainda maior, mesmo com todo apoio, fiel e valente, dos expoentes do partido da imprensa golpista.

O horário eleitoral gratuito pode levar estas denúncias para mais pessoas.

A guerra interna no PSDB pode se tornar fraticida.


Mas e se as denúncias da compra de votos para a reeleição de FHC também pudessem ser melhor apuradas hoje?

E o escândalo do Banestado?

A transição de 2002 foi civilizada demais.

Fica claro, nas entrelinhas, que tucanos, seus aliados e a grande imprensa jogaram pesado para que o governo ou a coalizão que o sustentava no Congresso não deveriam avançar sob este terreno movediço, sob pena de arcar com as consequências de duros golpes políticos.
Como o que quase derrubou Lula em 2005.

      
   A CPI da Privataria Tucana acontece com 10 anos de atraso.


Sintonia Fina
via Blog da Dilma
 "O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter"
(Cláudio Abramo) 

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