SP não teve competência para receber $ da enchente
Saiu no Tijolaço, onde o Fernando Brito não pisca:
Pergunte ao Alckmin porque dinheiro anti-enchente não foi para São Paulo
Parece que o Estadão é de algum outro ponto do planeta, e não de São Paulo.
De
outro modo não poderia acusar o Ministro da Integração Nacional de
estar beneficiando Pernambuco com a liberação de R$ 25,5 milhões para a
construção – Cupira e Gatos – em cidades a quase 200 km de Recife - por
supostos interesses eleitorais na capital pernambucana. E, muito
menos, por estar beneficiando Petrolina, cidade da qual já foi prefeito,
que está a mais de 600 km das barragens.
Mas, sobretudo, porque o
Estadão sabe que só numa obra, o Governo Federal – e o próprio Ministro
Fernando Bezzera Coelho – destinaram mais recursos à prevenção de
enchentes em Franco da Rocha – governada por um tucano, Marcio
Cecchettini, e a apenas 40 km de São Paulo – do que aquela liberação
sobre a qual lançam suspeitas. São R$ 28,5 milhões dos R$ 51,2 milhões
necessários para construção de quatro piscinões em Franco da Rocha.
Mas
publica que “a construção de reservatórios para conter cheias na região
metropolitana de São Paulo, ação que teve R$ 31 milhões de gastos
autorizados pelo Orçamento de 2011, não recebeu nenhum tostão”.
E
porque não recebeu? Porque o Governo do Estado assinou o convênio só em
outubro do ano passado e até agora nem sequer abriu a licitação para
fazer a obra. Como o projeto estava pronto, não se sabe a razão da
demora. O Estadão, claro, nem pergunta a razão de – convenio assinado –
já se terem passado dois meses sem o lançamento do edital pelo Governo
do Estado. Em Pernambuco, o edital saiu muito mais rápido, dez dias
depois do convênio, em maio e em agosto foi dada, pela Presidente Dilma,
a ordem de serviço para o início da obra, com as desapropriações
necessárias.
Por isso – apesar da nota de esclarecimento do
Ministério, reproduzida no Conversa Afiada – já ter colocado os pingos
nos ii – reproduzo aí em cima o discurso de Alckmin na assinatura do
convênio, onde é só elogios pela ajuda federal, não reclama de atrasos e
até elogia os auxiliares do ministro, que sabiam de cor o andamento do
processo de liberação do convênio.
Sintonia Fina
"O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter" (Cláudio Abramo)
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