por Wálter Fanganiello Maierovitch, em Terra Magazine
No
ano passado, o ex-presidente Fenando Henrique Cardoso, que nos dois
mandatos presidenciais se submeteu à política norte-americana de guerra
às drogas (war on drugs) de seu guru, o então presidente Bill Clinton,
virou casaca, trocou bandeira.
FHC,
em busca de um palanque internacional para concorrer com o então
presidente Lula, reuniu antigos presidentes e dirigentes fracassados por
adesão à guerra às drogas e submissão aos EUA para deitar sabedoria
quanto às novas políticas sobre o fenômeno representado pelas drogas
ilícitas no planeta.
Assim, FHC
subiu ao palanque adrede preparado e vestiu panos de líder progressista,
a encampar, como próprio, antigos posicionamentos antiproibicionistas.
Até foi preparado um documentário, do tipo laudatório para exibição em
cinemas, que não se tornou campeão de bilheteria.
Dentre a turma dos “vira-casaca”, que usam a desculpa do “nós reconhecemos que erramos e agora vamos mudar”, destacam-se:
1)
César Gaviria, ex-presidente da Colômbia ao tempo dos potentes cartéis
de Cali, Medellín e Vale Norte. Gaviria admitiu que Pablo Escobar
construísse, com recursos da venda internacional de cocaína, o presídio
onde ficaria e poderia sair para passeios e dirigir, do banco de
reservas, o seu time de futebol.
Sintonia Fina
"O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter"(Cláudio Abramo)
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