O GRANDE PERIGO
é que o Pinheirinho seja só o começo de maiores
desmandos desse Estado comandado por
SAQUEADORES e DITADORES CANALHAS DOS DIREITOS BÁSICOS
da população.
O dia seguinte no Pinheirinho
De
um lado, um ricaço pilantra (redundância) – tão pilantra que está
proibido de entrar em 14 países e chegou a ser preso aqui, na tal
Operação Satiagraha -, querendo de volta um terreno enorme, de mais de 1
milhão e 300 metros quadrados, que durante décadas serviu apenas para a
especulação imobiliária, acumulando uma dívida de mais de 15 milhões de
reais só de IPTU.
Desse mesmo
lado, uma corja de juízes e políticos (redundância), sempre prontos a
defender a propriedade privada e os lucros, e sempre sedendos por sangue
e por dar vazão ao seu ódio contra a população pobre, sobretudo contra a
população pobre que luta contra as opressões que sofre.
Do outro lado, milhares de pessoas
convencidas de que “se morar é privilégio, ocupar é um direito”,
organizadas em movimento no interior de um bairro construído por elas
mesmas, com muito esforço. Tendo necessidade de um lugar para morar em
condições dignas, essas pessoas enfrentaram todo tipo de preconceito e
de repressão, e converteram aquele enorme terreno abandonado num espaço
cheio de vida e de esperança.
Ontem,
ignorando os acordos, as negociações, os protestos de inúmeras
organizações, e mesmo uma decisão judicial, os abutres do Estado
reuníram 2 mil poiciais para destruir a Ocupação do Pinheirinho, que
resistia há 8 anos.
A cidade de São José dos Campos foi sitiada, as
comunicações cortadas, celulares foram apreendidos, e a dificuldade em
circular informações sobre o que ocorria foi agravada pela blindagem que
a grande mídia promove, omitindo ou distorcendo os fatos, de modo a
criminalizar as vítimas e apoiar as barbaridades cometidas em nome do
Deus dinheiro.
Com
extrema violência e covardia, os fascínoras da PM conseguiram despejar
os moradores, pegos de surpresa. Várias pessoas foram presas, outras
tantas foram feridas, e algumas inclusive assassinadas. Condenadas à
morte, aoespancamento, à prisão e à tortura, sem julgamento, por não
baixarem à cabeça diante das injustiças e da desigualdade.
As
milhares de pessoas forçadas a abandonar suas casas, deixando todos os
seus pertences, foram mandadas para abrigos improvisados, sem
infra-estrutura, sem atendimento médico, sem leite para as crianças, em
Sim,
os próximos dias serão de luto para tod@s aquel@s que lutam. Mas luto
não significa reclusão, e as lágrimas e o ódio contra as atrocidades que
foram cometidas contra @scompanheir@s do Pinheirinho serão combustível
para as tantas lutas que serão travadas por todo o Brasil, como foi o
travamento da Avenida Paulista ontem no final da tarde, e diversos atos
previstos para hoje.
Sintonia Fina
Fonte: Rede Extremo Sul.
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