Saiu na Folha (*), na página 3, artigo de Wellington Cabral Saraiva sobre o fascinante tema “Jacques Chirac (ex-presidente da França) seria condenado no Brasil ?”.
Aqui já especulamos sobre o que aconteceria ao Hospital Sírio Libanês se fosse francês.
Chirac foi condenado por “desvio de E$ 1,4 milhão (micharia, perto do Ricardo Sergio de Oliveira – PHA), abuso de confiança e recebimento ilegal de vantagem”.
E olha que ele não foi apanhado em nenhuma Privataria !
Imagine se tivesse sido.
O que não faria a Justiça da França ?
Estaria na Ilha do Diabo, com o Dreyfus.
O artigo de Saraiva toca num ponto central da promiscua relaçao entre a Justiça brasileira e os ricos.
Como Daniel Dantas e o Dr. Abdelmassih:
Aqui já especulamos sobre o que aconteceria ao Hospital Sírio Libanês se fosse francês.
Chirac foi condenado por “desvio de E$ 1,4 milhão (micharia, perto do Ricardo Sergio de Oliveira – PHA), abuso de confiança e recebimento ilegal de vantagem”.
E olha que ele não foi apanhado em nenhuma Privataria !
Imagine se tivesse sido.
O que não faria a Justiça da França ?
Estaria na Ilha do Diabo, com o Dreyfus.
O artigo de Saraiva toca num ponto central da promiscua relaçao entre a Justiça brasileira e os ricos.
Como Daniel Dantas e o Dr. Abdelmassih:
Outra dificuldade nossa: os habeas corpus. Nosso Judiciário admite o habeas corpus como talvez em nenhum outro país. Por habeas corpus sucessivos, uma denúncia ajuizada na primeira instância é examinada dias depois no Supremo Tribunal Federal. Habeas corpus são preparados pelos advogados só com as provas que interessam, e tribunais antecipam o julgamento do mérito sem que o Ministério Público possa produzir provas adicionais.
Assim, os tribunais superiores
estão afogados pelo mar de habeas corpus que a jurisprudência
incentivou. Em outros países, não se admite o habeas corpus com a
amplitude do Brasil.
Com esse histórico julgamento, a justiça francesa mostra independência e severidade aos que lesam o patrimônio público.
Com nossos processos infinitos,
nossas altas taxas de prescrição, nossos baixos índices de recuperação
dos bens desviados, que mensagem o sistema criminal brasileiro
transmite? A de uma estrutura lenta, ineficiente e com enorme
dificuldade de punir crimes e improbidade praticados pelos que detêm
poder político ou econômico.
A responsabilidade pelas
deficiências de nosso sistema não é só do Judiciário. Nossa legislação
precisa de profundas alterações, e nem sempre o Legislativo é sensível à
necessidade de tornar eficiente o combate ao crime e à improbidade.
Cabe à sociedade exigir.
WELLINGTON CABRAL SARAIVA, 44,
mestre em direito pela Universidade de Brasília (UnB), é representante
do Ministério Público da União no Conselho Nacional de Justiça
Em tempo: e os ministros Melo e Peluso ainda querem fechar o CNJ ! Viva o Brasil ! – PHA
Sintonia Fina
via Conversa Afiada
"O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter"
(Cláudio Abramo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário