O
Tijolaço do destemido Fernando Brito publicou dois posts muito interessantes sobre o Otavinho.
Clique aqui para ver “Privataria”, o filme, onde Mein Fuhrer cita o Otavinho.
(Enquanto isso, na seção Ilustrada (?) ele continua de plantão na porta do Sírio, para dar a notícia final …)
Esse Otavinho …, não é Brito ?
Os leitores viram, o Tijolaço reproduziu no dia 12, o Nassif no dia 15,
quinta feira: “A privataria tucana” era o primeiro na lista dos livros
mais vendidos na Livraria da Folha e ambos reproduzimos a imagem.
"Privataria", em dois dias, sumiu da lista dos mais vendidos na Folha
Porque, oh, que surpresa, o livro desapareceu! Das prateleiras, onde é difícil encontrar um que seja para levar na hora?
Não, não, da lista dos mais vendidos, onde era o primeiro, na quinta-feira.
Não caiu para segundo, não caiu para terceiro: apenas sumiu. Entrou na lista o livro do FHC!
Em outras livrarias, como a FNAC, o livro, “devido ao grande sucesso”, só está sendo vendido por reserva.
...embora continue "bombando" na FNAC: só vendem por encomenda
Ribeiro Jr. está listado, e é essa a classificação que tem, porque na busca por título você ainda o encontra no site.
Pelo visto, por enquanto.
Depois da “ditabranda”, é o primeiro caso de “Index Librorium Prohibitorium”.
Como hoje a ombusdman da Folha, ao
elogiar a atitude do jornal – vários dias depois – de registrar o
lançamento de “A Privataria Tucana” que teria, segundo ela, esgotado os
seus “alegados 15 mil exemplares” (alegados, embora seja o primeiro
colocado em vendas na própria Livraria da Folha) e diz que a redação
está esperando “fatos novos” para publicar algo mais que o mero registro
que fez, tomo a liberdade de dar uma “mãozinha” à reportagem da Folha,
desinteressada e gratuitamente.
Que tal começarmos pelo fato de que a Folha publicou, no dia 30 de janeiro de 2001,
um levantamento dos deputados e autoridades que tinham cheques sem
fundos anotados no Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundos, o CCF,
do Banco Central, que é protegido por sigilo e inúmeras exigências de
comprovação de identidade para ser consultado.
Para ajudar o pessoal da Folha, reproduzo, além do link, a imagem da matéria.
Para ajudar a Folha, que não
deve ter conseguido um dos alegados 15 mil exemplares do livro do
Amaury Ribeiro, informo que, por esta quebra de sigilo, Verônica
Allende Serra está processada na 3ª Vara Criminal de São Paulo, por um
suposto convênio (?) com o Banco do Brasil, que lhe teria transferido os dados de 60 milhões de correntistas. Já naquele dia o jornal tinha ciência e escreveu que essa divulgação era irregular. Ter o cadastro, também.
É informação, não sei se
perceberam, das mais relevantes. Eu, por exemplo, como correntista do BB
há quase 20 anos, gostaria de saber se consto lá. Você, leitor ou
leitora, correntista de qualquer banco à ocasião, também, porque o CCF
era operado pelo Banco do Brasil. Porque, mesmo correndo o processo em
sigilo de justiça – para não ampliar o estrago da violação de sigilo
bancário, parece-me que cada correntista à época tem o direito de ter
acesso aos dados, para saber se sua intimidade foi violada e mover a
competente ação de dano moral.
Nem foi informado aos leitores
que a Decidir.com tinha como diretora a sra. Verônica Allende Serra,
que tinha se tornado dirigente da empresa apenas 20 dias depois de ela
ter sido criada, dia 8 de fevereiro de 2000, por um grande advogado na
área de fusões e aquisições, o Dr. José Roberto de Camargo Opice, com o
modestíssimo capital de R$ 100 e o nome de BelleVille. E que ela, cuja
chegada coincidiu com a elevação do capital para R$ 5 milhões, se
retira da empresa apenas um mês depois deste vazamento, não sem antes
ter promovido a mudança de objeto da empresa para concessão de crédito a
Oscip (ONGs)…
Muito menos foi publicado pela
que a Decidir.Com virou Decidir Brasil Limitada, com capital de R$ 10
milhões, 99,99% pertencentes à Decidir.Com Iinternational Limited, a
empresa onde, como mostram os documentos do livro de Amaury Ribeiro
Júnior. Verônica Serra e sua xará Verônica Dantas Rodemburgo eram
sócias.
O competente corpo de
repórteres da Folha também será capaz de descobrir que a Decidir Brasil
Limitada foi incorporada pela Equifax Brasil, controlada por uma grande
multinacional, a Equifax, de Atlanta, Geórgia , Estados Unidos.
E que a Equifax passou a ser controlada pela Boavista Serviços SA,
um empresa formada pela Associação Comercial de São Paulo – que indica
seus conselheiros, entre eles o ex-secretário de José Serra e vice de
Geraldo Alckmin, Guilherme Afif Domingues. Portanto, a cadeia, se me
perdoam a expressão, de responsabilidades empresariais da Decidir.Com
irradia-se aos proprietários das empresas que sucessivamente a
absorveram.
A Boavista é operada pela TMG, um fundo de investimentos que, até 2009, tinha como controlador a homônima TMG Capital Partners.
Que fica…ah, sim, no Vanterpool Plaza, 2° andar, Wickhans Cay I, Road Town, na famosa Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas.
Se a redação da Folha, como
disse à ombudsman, está trabalhando duro para obter fatos novos, fica aí
a dica, que tomou só uma manhã. Ainda dá tempo de recuperar a falha –
sem trocadilho – da matéria de 2001, telefonando para D. Verônica Serra e
perguntado como a empresa conseguiu os dados do Cadastro de Emitentes
de Cheques sem Fundo do Banco Central e qual foi o curto-circuito que
os colocou na internet, expostos à curiosidade pública, inclusive dos
repórteres da própria Folha.
PS. De novo, nada do que foi
dito aqui é senão o que está escrito nos arquivos da Junta Comercial de
São Paulo. É só se cadastrar em www.jucesponline.sp.gov.br e fazer a
pesquisa.
Sintonia Fina
"O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária dainteligência e o exercício cotidiano do caráter"
(Cláudio Abramo)
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