Hoje, numa entrevista ao Wall Street Journal,
ele reclama da severidade (?) com que a Chevron está sendo tratada. Diz
que a Polícia Federal atrapalhou o combate ao vazamento chamando
executivos da empresa para depor. E que nunca viu “um vazamento tão
pequeno gerar tamanha reação”.
Não gerou,
senhor Moshiri, a não ser muitos dias depois de começar, quando
finalmente a blogosfera fez a imprensa tradicional começar a revelar que
o vazamento não era de umas gotinhas.
A sua empresa é quem tratou o Brasil com desrespeito.
Descumpriu o projeto de perfuração apresentado às autoridades brasileiras.
Mentiu desavergonhadamente, três dias depois do acidente, dizendo que a saída de petróleo pelo fundo do mar era “um fenômeno natural”
Sua empresa
foi condenada judicialmente por um destes “pequenos” vazamentos, no
Equador, por prejuízos humanos e ambientais, no valor de US$ 8 bilhões e
luta para proibir a exibição do filme onde isso é narrado, que a gente
reproduz aí em cima.
Os senhores já não podem mais controlar tudo, governos e imprensa.
Acabam de ser flagrados com depósitos de gás sulfídrico, um produto letal, em outra plataforma, com grave risco aos trabalhadores.
Os senhores não estão sendo honestos desde o princípio. Não estão cumprindo as regras a que se comprometeram.
O seu poço não
vazou por “razões ideológicas”, vazou por razões técnicas, econômicas e
pela arrogância que o senhor dá como exemplo ao tratar o Governo e as
leis brasileiras, chamando de “exagero” o que é uma reação dentro da lei
e das regras administrativas e comerciais que sua empresa aceitou e
prometeu cumprir.
O senhor, além
de irresponsável, arrogante e desrespeitoso é, com o devido respeito,
um burro rematado. Não percebeu que seus chefes – o senhor é uma pecinha
de terceira no comando da empresa – no board da Chevron entregam a sua cabeça com muito mais facilidade do que entregariam um cento de barris de óleo.
Aliás, encerrar as atividades de exploração da Chevron no Brasil pode vir a ser sua última tarefa no cargo.
Sintonia Fina - Tijolaço
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