Isso
é o tipo de notícia que só é publicada uma vez.Os brucutus do PiG, tão
ligeiro para investigar os aloprados do PT, como ocorreu na suposta
quebra de sigilo de Serra e Eduardo Jorge, não movem uma palha para
aprofundamento da questão.
Em
nova ofensiva do Ministério Público Estadual, a empresa Controlar,
contratada pela Prefeitura para realizar a inspeção veicular em São
Paulo, é acusada de usar dados sigilosos de milhões de proprietários de
veículos.
Segundo o
MPE, a inspeção veicular na cidade é feita por um esquema fraudulento,
engendrado inclusive pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD), que teve os
bens bloqueados na última semana. O secretário municipal do Verde,
Eduardo Jorge, 13 empresários e seis empresas também estão envolvidos no
processo.
Segundo a investigação do MPE, veiculada pelo jornal O Estado de S. Paulo,
a Controlar tem acesso a dados sigilosos dos donos dos veículos, como
telefones, endereço e CPF. O órgão afirma que o Detran alterou o
convênio original de 2003, que permitia à empresa ter acesso a dados,
desde que o sigilo fosse mantido. Mas, com a alteração, solicitação foi
cancelada e a empresa conveniada pôde repassar os dados para
terceirizadas.
Para o
MPE, dados sigilosos não poderiam ser utilizados por empresa particular.
Além disso, a modificação no convênio foi assinada por um delegado do
Detran. A decisão caberia ao diretor do Departamento.
Sem o
cruzamento dos dados, a prefeitura não teria meios para aplicar multas
em proprietários que não realizaram a inspeção e a Controlar não teria
como saber quais donos fizeram a inspeção e impedir seu licenciamento. O
valor da causa é de 1,05 bilhão de reais. A ação pede a suspensão da
inspeção veicularem São Paulo, a devolução de multas e indenização por
danos morais aos donos de veículos.
Sintonia Fina - CartaCapital
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