FHC vendeu o patrimônio e aumentou a dívida. Um jenio !
Saiu no Tijolaco análise do Fernando Brito de uma reportagem do Globo para enaltecer a privatização do Farol de Alexandria:
O Globo publica hoje matéria sobre os
vinte anos de privatização de empresas estatais e diz que as empresas
privatizadas responderam por um faturamento de R$ 3oo bilhões em 2010. A
dólar de dezembro do ano passado, US$ 177 bilhões.
O total da receita com as
privatizações, de 1991 a 2002, somou US$ 87,5 bilhões: US$ 59,5 bilhões
em privatizações federais e US$ 28 bilhões em privatizações estaduais.
Ou seja, metade do faturamento de um só ano destas empresas.
Diz o jornal que as empresas foram
vendidas para reduzir o endividamento do Estado brasileiro. A dívida
líquida do setor público no Brasil, em 1991, era de US$ 144 bilhões. Em
2002, com tudo que a privatização deveria ter “abatido” deste valor, era
de US$ 300 bilhões.
Nem privatizar, nem dever, em si, são,
em si, pecados. Vender mal, seja entregando o que é estratégico, seja
fazendo isso na bacia das almas, por valores irrisórios, são. Dever,
quando se paga juros módicos, pode ser o caminho para o desenvolvimento e
o progresso. A juros extorsivos, porém, é apenas o caminho da
escravidão ao rentismo.
A grande maioria das privatizações foi
feita com financiamento público, com uma elevação brutal das tarifas
cobradas nos servilos públicos, não se conservou participação do Estado
nem para dirigir estrategicamente as suas atividades, nem para
participar dos lucros que produziam.
Estamos pagando caro, muito caro, e ainda pagaremos por muitos anos por este período de vergonha da história brasileira.
Não foi uma estratégia, foi uma liquidação, uma entrega desavergonhada do que pertencia ao povo brasileiro.
Sintonia Fina
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