
Saiu na Folha (*) neste sábado : não recuou o deputado Barbiere, que denunciou de 25% a 30% dos deputados estaduais de São Paulo – onde os tucanos têm esmagadora maioria desde Borba Gato – como vendedores de emendas a prefeitos e empreiteiros.
Segundo a Folha, ele está firme: vai dar nome aos bois.
A melhor análise do que significa essa denúncia de corrupção está no Blog do Miro
Corrupção: Barbiere ameaça Alckmin
Por Altamiro Borges
A operação-abafa desencadeada pelo
governo tucano de São Paulo até agora não surtiu resultado. O deputado
Roque Barbiere, do PTB, partido da base aliada, fez ontem uma ameaça
nada velada ao governador Geraldo Alckmin: “Por que será que o governo
se manifesta com tanta veemência, se eu não o acusei, ainda, de fazer
nada errado?”. Ainda!!!
Roquinho, como é conhecido, tem
sido duramente pressionado a recuar nas suas denúncias de que “25% a
30%” dos deputados da Assembléia Legislativa (Alesp) estão metidos em
corrupção através do uso das emendas parlamentares. Depois de
desqualificar o “rebelde”, o tucanato até tentou cooptá-lo,
oferecendo-lhe uma secretaria no governo estadual, segundo especulou a
Folha.
Emendas consomem R$ 188 milhões
Mas as pressões e manobras não
contiveram sua língua ferina. Nesta semana, ele afirmou que a Alesp é um
“camelódromo” e que os deputados “têm um preço”. Intimado a delatar os
corruptos, ele encaminhou depoimento à Comissão de Ética insinuando que o
governo estadual está envolvido no escândalo, no que seria um caso
típico de “mensalão” – de compra de votos dos deputados.
Até agora não há nada de concreto.
Mas o clima na Alesp é de pânico total. Os governistas temem que,
pressionado, o “maluco” abra o bico. O Palácio dos Bandeirantes também
está apavorado. Afinal, as emendas parlamentares consomem R$ 188 milhões
do orçamento estadual por ano. Cada deputado tem direito a distribuir
R$ 2 milhões e as emendas favorecem a base governista.
Bruno Covas, a primeira vítima
O escândalo de corrupção, que não
dá mais para ser ocultado nem pela mídia demotucana, já produziu a sua
primeira vítima. Diante das denúncias, a Comissão de Ética da Alesp
aprovou, por unanimidade, convite ao deputado licenciado Bruno Covas,
atual secretário do Meio Ambiente e pré-candidato à prefeitura da
capital, para explicar as suas relações com os “ladrões” das emendas.
Em agosto passado, antes das
acusações de Roquinho, Bruno Covas afirmou em entrevista ao jornal
Estadão que um prefeito lhe ofereceu 10% de “comissão” sobre uma emenda
de R$ 50 mil para beneficiar a sua cidade. Ao invés de denunciar o
esquema fraudulento, o candidato preferido de Geraldo Alckmin teria
sugerido entregar o dinheiro do furto para a “Santa Casa”.
Reinado tucano sofre abalos
Agora, a Comissão de Ética quer
saber o nome do prefeito e o destino do recurso público. Bruninho Covas
está na berlinda e a sua candidatura, ainda no nascedouro, já sofre
fortes abalos. Deputados tucanos inclusive debocham da “infantilidade”
do protegido de Alckmin. José Serra, que padece da vingança maligna do
atual governador, aproveita para atear fogo no ninho tucano.
As investigações sobre o mensalão
em São Paulo podem não avançar – afinal, os tucanos já abortaram 91
pedidos de CPI na Alesp –, mas os estragos na base governista já se
fazem sentir. O reinado do PSDB em São Paulo, que já dura quase duas
décadas, pode estar terminando.
FOLHA (*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
Sintonia Fina
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