Uma década depois dos ataques de
11 de setembro, o Brasil condena as práticas que vão em oposição à
busca pela paz e estabilidade no mundo. Em cerimônia em Istambul, na
Turquia, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ressaltou
que o mundo atual deve buscar mecanismos de equilíbrio e condenou o que
chamou de excesso de “poder militar”.
Patriota se reuniu hoje (11) com
o chanceler turco, Ahmet Davutoğlu. Amanhã (12) será a vez de ele se
encontrar com o presidente da Turquia, Abdullah Gül. O objetivo é
organizar a visita da presidenta Dilma Rousseff ao país em outubro.
Ao mencionar o episódio de 11 de
setembro, o chanceler se referiu não só aos ataques terroristas, mas
também às guerras no Afeganistão e Iraque, além da crise que atinge a
Líbia e Síria. Segundo ele, as “intervenções” mostraram a incapacidade
de solução de conflitos. “O mundo unipolar acabou”, disse Patriota.
Segundo ele, as guerras recentes – no Afeganistão e Iraque – indicaram
que há mais atores no mundo atual.
“A guerra no Iraque e no
Afeganistão mostrou os limites do poder militar, país algum
solitariamente pode estabelecer a direção do mundo. Nem os mais
poderosos e temos novos atores presentes”, disse o chanceler,
destacando a necessidade de reformar o Conselho de Segurança das Nações
Unidas para até 25 membros – atualmente são 15, entre fixos e rotativos.
Patriota lembrou que nos últimos
conflitos milhares de pessoas morreram, entre militares e civis. O
chanceler ressaltou que só há um caminho para alcançar o desenvolvimento
e o equilíbrio global: “A paz é que promove a paz. A tolerância da
educação é o caminho”. De acordo com ele, o governo brasileiro é
favorável ao diálogo e a soluções negociadas.
No discurso para analistas e
autoridades turcas, o chanceler lembrou ainda as dificuldades por que
passam vários países da África – no Chifre da África, que reúne a
Somália e o Quênia, por exemplo, a fome ameaça matar milhares de
pessoas, principalmente crianças e adolescentes. “É necessário garantir
um sistema de estabilidade global”, disse..
Sintonia Fina - Ag. Brasil
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