22 de ago. de 2011

Líbia e Síria: PiG não engole a independência do Brasil


Na primeira página da Folha (*), o colonista (**) Clóvis Rossi assegura que o Brasil ficou do lado errado da História, na Líbia.

No Valor, na pág. A2, ao tratar da Síria, o colonista (**) 
Sergio Leo responsabiliza a “diplomacia  brasileira (por) 
parte do fracasso da comunidade internacional em lidar com 
o esfacelamento sangrento de regimes autoritários”.

 

Rossi queria que o Brasil aprovasse o bombardeio aéreo à Líbia 
imposto pelos Estados Unidos, com a mão de gato da OTAN.

Leo quer que o Brasil adira ao embargo econômico à Síria, 
embora o comércio entre o Brasil e a Síria, como ele próprio diz, 
seja irrelevante.

O PiG (***) e seus notáveis colonistas não aceitam a independência do Brasil.

O Brasil deveria ser colônia de Portugal, da Inglaterra e 
agora dos Estados Unidos.
Eles gostavam daquela diplomacia da dependência 
do governo do Farol de Alexandria.

A diplomacia de um Chefe de Estado que recebia um 
carão do presidente Clinton, na frente de todo mundo e não se 
dignava a defender o Brasil – ou a si próprio.

Esses colonistas, no fundo, adoraram a política externa da 
campanha do Padim Pade Cerra: fechar o Mercosul e isolar 
(ou invadir) a Bolívia e o Irã.

Como se o Celso Amorim fosse a Hillary Clinton.

O Rossi é um veterano repórter do Mundo.

No dia que o Grupo dos Sete dos Estados Unidos foi deposto e, 
no lugar, entrou o Grupo dos 20 de que o Brasil faz parte, 
ele não deu importância.

Porque passou a vida inteira a cobrir a irrelevância do Brasil no 
âmbito do G7 e não percebeu que o G7 é que se tinha 
tornado irrelevante.
O princípio da “auto-determinação dos povos” faz parte da 
política externa brasileira desde sempre.

(Fora intervalos de genuflexão, como no regime militar, 
sob inspiração do jenial Golbery, e nos governos Collor e FHC).

Um dos teóricos mais brilhantes do princípio da auto-determinação 
dos povos foi o Embaixador Araujo Castro, ultimo chanceler 
do grande presidente João Goulart.

Como se sabe, o governo constitucional do Presidente Goulart 
foi deposto numa ação de desrespeito à auto-determinação 
do povo brasileiro.

Há vários motivos a explicar a queda de Goulart.

Por isso, convém ler o livro do professor Jorge Ferreira, que  
revistou Goulart e deu um banho de História no historialista 
Elio Gaspari.

Conta o professor Ferreira que San Tiago Dantas foi quem contou a Goulart como se daria a intervenção militar americana, caso ele resistisse.

A informação da San Tiago Dantas veio de Minas, onde os 
insurretos criaram um Estado independente, que já negociava 
com o “chanceler” Afonso Arinos o reconhecimento do 
Governo Johnson, dos Estados Unidos.

Convenhamos, amigo navegante, que fazer uma “Revolução” 
com a V Frota americana nas costas é mais fácil do que sair na rua 
de cara lavada, não é isso ?

Ainda mais que, como mostra o professor Ferreira, as pesquisas 
de opinião pública do momento indicavam forte apoio a Goulart 
e às reformas de base.

O historialista Gaspari – infatigável defensor dos Estados Unidos 
e adversário da política externa independente do Brasil -,  
além de usar vários chapéus, assegura que Jango caiu porque 
gostava de coristas.

O Brasil é gato escaldado.

Se o Brasil apoiar a invasão do Iraque em busca de armas inexistentes, com que autoridade protestaria, 
se a V Frota viesse com um canudo chupar o pré-sal no limite 
das 200 milhas ?

Por essas e outras, somos a favor da bomba atômica.

Para o Brasil assegurar a auto-determinação do povo brasileiro.



Em tempo: este ansioso blogueiro recomenda a todo brasileiro auto-determinado que leia o excelente artigo com que o Ministro da Defesa (do Brasil) Celso Amorim se despede da Carta Capital.



Sintonia Fina - PHA

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