17 de abr. de 2013

EM MARÇO, BRASIL ABRIU 112.450 EMPREGOS FORMAIS


Quantidade foi indicada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira; pesquisa da Reuters feita com analistas de mercado mostrou que a mediana das expectativas era de abertura de 110 mil vagas...



Brasília - A geração de postos de trabalho formais em março teve leve queda em relação ao mês anterior, saldo de 112,4 mil vagas, ante 123,4 mil vagas criadas em fevereiro. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (17). O saldo foi o melhor para março nos últimos três anos.
O resultado é o cálculo da diferença entre mais de 1,8 milhão de trabalhadores admitidos e 1,7 milhão demitidos. Janeiro foi o mês até agora com o pior desempenho, com a criação de 28,9 mil postos - resultado mais baixo desde 2009, ano da crise financeira internacional. De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, a expectativa do governo é a de que o ano termine com a geração de cerca de 1,7 milhão de novos postos de trabalho com carteira assinada.
O saldo verificado em março seguiu igual dinâmica do mesmo mês em 2012, quando foram criados cerca de 111,7 mil postos de trabalho. Para o ministro, o resultado do mês passado indica a recuperação do mercado de trabalho, diante do fraco desempenho de janeiro. "Em fevereiro houve crescimento, nesse mês [março] também. Esperamos que estejamos em processo de recuperação e geração de emprego", explicou Dias.
Segundo ele, ainda que o Banco Central decida aumentar a taxa básica de juros, a medida não deverá ter impacto negativo sobre o mercado de trabalho. "[O mercado] vai continuar aquecido por causa do movimento econômico que se verifica no país. A economia não é só a indústria de transformação, mas uma soma de resultados", disse.
A indústria de transformação foi o segundo setor com o melhor desempenho, segundo dados do Caged - com mais de 25,7 mil postos criados em março. O melhor desempenho ficou com o setor de serviços, com a criação de 61,3 mil empregos - com destaque para as áreas de educação, comércio, administração de imóveis, transportes, comunicação e serviços médicos.
"Na minha opinião, serviços é o emprego do futuro. Isso se dá pela ascensão da economia, pela melhoria de salários e pela maior circulação de recursos no país. Mensalmente, são bilhões injetados na economia, o que gera novos empregos. O crescimento se dá em uma cadeia", informou o ministro.
A agricultura, por outro lado, teve o pior desempenho levantado pelo Caged, com o fechamento de 4,4 mil postos, concentrados na Região Nordeste. Outra área com desempenho negativo foi o de serviços industriais de utilidade pública.
"A agricultura nesse mês [março] foi ruim, especialmente a indústria sucroalcooleira. Os destaques negativos foram Pernambuco e Sergipe", disse Dias, sobre o fechamento de 3,3 mil e 2,3 mil vagas nesses estados, respectivamente.
De acordo com os dados do Caged, houve o acréscimo de 1,7% nos salários de março em comparação aos rendimentos de fevereiro, de R$ 1.061,71 para R$ 1.079,92.
SINTONIA FINA - @riltonsp


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