17 de abr. de 2013

COVARDES DO BC SOBEM TAXA SELIC EM 0,25. VITÓRIA DO LOBBY DO TOMATE


A pressão foi grande e parece ter surtido efeito; após dias de capas de revista e artigos de colunistas como o ex-diretor do BC Alexandre Schwartsman e o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega pedindo a elevação da taxa de juros como forma de combater o crescimento da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 7,5% ao ano; Selic vinha sendo mantida em 7,25% há três reuniões...


 A pressão parece ter funcionado. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual. Após três reuniões que decidiram pela manutenção da taxa em 7,25% ao ano, a Selic subiu. A taxa começou a cair em agosto de 2012, quando foi de 12,5% para 12% ao ano, e manteve a trajetória de queda até outubro do ano passado.

A votação não foi unânime, já que dois diretores votaram pela manutenção da taxa. Segundo a ata da reunião, a decisão foi tomada devido ao nível elevado da inflação e à dispersão do aumento dos preços. Associada ao crescimento da inflação, a queda da taxa nos últimos meses eriçou o lobby pela elevação dos ganhos do setor financeiro, que nunca foi tão escancarado no Brasil quanto nas últimas semanas. Toda a mobilização foi simbolizada pelo tomate, cujos preços subiram em excesso devido a quebra de safra
O último reajuste de elevação da taxa Selic havia ocorrido em julho de 2011, quando o Copom elevou os juros básicos de 12,25% para 12,5% ao ano. No mês seguinte, a Selic começou a ser reduzida sucessivamente até atingir 7,25% em outubro de 2012, o menor nível da história.
Pressão
Nos últimos dias, Celso Ming, colunista do Estadão, disse que "o governo não se dispõe a combater a inflação com a arma mais poderosa que possui, que é a política monetária (política de juros)". Já o ex-diretor do BC Alexandre Schwartsman, "pitbull" dos bancos, diz que a inflação piorou, "mas o BC ainda não foi capaz de decidir se vai fazer algo a respeito". A colunista Miriam Leitão, da Globo, por sua vez, previu inflação acima do teto da meta, ainda que o IPC de março tenha apontado queda.
Duas das maiores revistas semanais do país também destacaram o assunto 'tomate' em suas últimas capas.
- com 247

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