24 de mai. de 2011

Caso Palocci ... Golpismo é o nome!!!

A imprensa tem que ser criticada não porque investiga, mas porque é seletiva, e nesta seletividade, esconde um interesse maior que ela não revela. A serviço da oposição tem um único objetivo, que atravessou todo o governo Lula e agora atravessa o governo de Dilma: inviabilizar um projeto que, se tem erros, não são estes dos quais é acusado. Mas, suas virtudes. Para esta oposição e para esta imprensa, não está no programa a emancipação do país e muito menos um governo democrático popular que, pela primeira vez na história, busca um certo protagonismo das classes populares.
 
Se houvesse qualquer interesse ético da imprensa ou da oposição para condenar Palocci, a turma que hoje está na oposição, em frangalhos, e a imprensa não teriam sido cúmplices dos crimes, sérios, que delapidaram o patrimônio público e político durante a gestão de FHC. Se for necessário que se investigue Palocci, sim, mas não venham nos dizer que é isto o que interessa. Palocci apenas faz andar a fila que já tentou derrubar Ana de Hollanda e Fernando Haddad e que, agora, além de derrubar Dilma, querem também destruir o grande patrimônio que representou o governo Lula.
 
Se o interesse destes que hoje estão na oposição e da imprensa fosse mesmo a questão ética, menos interessante do que investigar o patrimônio de Palocci, teria sido investigar o que aconteceu durante os anos de silêncio sepulcral da era FHC e sem contar todos os desmandos que aconteceram e acontecem nos governos de São Paulo e de Minas Gerais, baluartes que ainda asseguram à imprensa e à oposição alguma sobrevida e o usufruto de benesses. Não fosse isto, por que se calam sobre o escândalo Alston e Eletropaulo (ver aqui) e sobre o valerioduto mineiro (ver aqui)
 
À lista paulista e mineira, vamos adicionar alguns dos crimes não investigados durante a era FHC e que provam que não é a ética, nem a probidade, nem a transparência aquilo que move imprensa e oposição no Brasil, mas, tão somente, um profundo nojo do povo, desta gente diferenciada que insiste em ter um lugar ao sol e do projeto que dá conta disto. Tomando emprestado de um site, abaixo indicado, listo abaixo apenas alguns aspectos de alguns "fatos" que evidenciam a operação de silêncio, omissão e cumplicidade entre a direita e a imprensa, esta muitas vezes constrangida a, pelo menos, nomear os fatos, mas sem qualquer empenho com a investigação e cobrança.
 
"Promovido por “merecimento” a subprocurador-geral da República em 1989, Geraldo Brindeiro foi nomeado em 28 de junho de 1995 procurador-geral da República pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, tendo sido reconduzido três vezes ao cargo, terminando o seu quarto mandato em 28 de junho de 2003.
Enquanto procurador-geral da república do governo FHC, Geraldo Brindeiro foi fartamente criticado por sua inação. De 626 inquéritos criminais que recebeu, engavetou 242 e arquivou outros 217. Somente 60 denúncias foram aceitas. As acusações recaiam sobre 194 deputados, 33 senadores, 11 ministros e quatro ao próprio presidente FHC. Por conta disso, Brindeiro recebeu o jocoso apelido de “engavetador-geral da república”.
A reeleição comprada
A negociata para a aprovação da emenda constitucional que permitiu a reeleição de FHC foi o primeiro grande escândalo deste governo. Em maio de 97, a Folha de São Paulo apresentou gravação de conversa na qual os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do PFL do Acre, confessam ter recebido R$ 200 mil para votar a favor da emenda da reeleição. ...
Dinheiro público na operação abafa
Com a sucessão de escândalos no primeiro escalão federal e na base de apoio de FHC no Congresso, a oposição mobilizou-se para criar a CPI da Corrupção. Foi quando o intelectual Fernando Henrique ressuscitou o velho estilo Sarney/Collor e, mais uma vez, perverteu a máxima franciscana do “é dando que se recebe”. Saiu distribuindo verbas e negociando cargos para senadores e deputados que não assinassem o requerimento da CPI. Segundo a Folha de São Paulo, teriam sido gastos cerca de R$ 1 bilhão e 250 mil reais com a liberação de emendas de parlamentares que ainda se encontravam no item “investimentos” dos orçamentos de 1999 e 2000...
 
Gaúchos no show do milhão
O “Show do Milhão” no Congresso... O rolo compressor do Palácio do Planalto mostrou o valor de alguns políticos do Congresso… Augusto Nardes, do Rio Grande do Sul, levou 103 mil reais…”. Mas há ainda outros deputados gaúchos que não demonstraram interesse político em investigar o mar de lama do governo federal. Estes, ao contrário dos anteriores, nem chegaram a incluir seus nomes no requerimento da CPI. São eles: Darcísio Perondi e Mendes Ribeiro Filho do PMDB; Edir Oliveira do PTB; Fetter Júnior, Júlio Redecker, Luiz Carlos Heinze e Telmo Kirst do PPB; Roberto Argenta do PHS; Nélson Marchezan e Yeda Crusius do PSDB.
 
Jader é uma suspeita só
Protagonista da derrubada de ACM, o senador Jáder Barbalho... Por onde passou, Jader deixou suspeitas. O auditor do Banco Central Abrahão Patruni Junior concluiu, no início dos anos 90, dois relatórios sobre o Banpará (o Banrisul deles). Em ambos, sustentou que havia fortes evidências de que rendimentos de aplicações financeiras do banco acabavam nas contas bancárias de Jader e seus familiares. Na época, Jader era governador do Pará. Depois, o senador virou Ministro da Reforma Agrária e desta época surgem acusações de que ele foi o beneficiário de uma operação fraudulenta com TDAs (Títulos da Dívida Agrária)... Márcia foi sócia de José Osmar Borges, acusado pelo Ministério Público de ter desviado mais de R$ 100 milhões da Sudam, em uma fazenda no Pará, até 1988...
 
Ministro "raposa"
Fernando Bezerra era senador do PMDB. Entre os anos de 1989 e 1998, ele controlava a empresa Metais Seridó S/A que recebeu R$ 3,9 milhões da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene)... Antes de ser ministro, ele ocupava um cargo importante: era líder do Governo FHC no Senado, ou seja, Bezerra foi o antecessor de Arruda.
 
Lama no judiciário
Foi de R$ 196,7 milhões o estrago causado pelo desvio de verbas do TRT de São Paulo. Após ser preso sob a acusação de liderar o esquema, o juiz Nicolau dos Santos Neto afirmou ter procurado o então secretário-geral da presidência da República, Eduardo Jorge. Trataram de assuntos relativos à obra do Fórum Trabalhista de São Paulo. Procurava acesso à pasta do Planejamento. A história do Juiz Nicolau dos Santos Neto o “Lalau”, e a construção do luxuoso fórum paulista que já consumiu R$ 230 milhões de recursos públicos, ultrapassaram os limites da corrupção do Judiciário...
 
R$ 24 milhões na festa alemã
Se já era estranho o filho de FHC ser o comissário-geral-adjunto da Expo 2000, mais espantosa é a incompetência do rapaz. Paulo Henrique Cardoso foi apontado pelo Ministério Público como um dos prováveis responsáveis pelo superfaturamento na construção do pavilhão brasileiro na Feira de Hannover. O MP apresentou em sua ação 41 irregularidades relativas ao processo de compra e construção do estande brasileiro de 3 mil metros quadrados para comemorar os 500 anos do Descobrimento. As ações liminares foram contra o ex-ministro do Esporte e Turismo Rafael Greca (PFL-PR), Paulo Henrique Cardoso, a diretora de teatro Bia Lessa, amiga de família Cardoso, Fernanda Maria Bornhausen, Ricardo Dalcanale Bornhausen, filha e sobrinho do presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen. 
 
O contrato previa apenas a prestação de serviços de publicidade e seu valor era de R$ 1,5 milhão. A quantia estranhamente pulou para R$ 24 milhões! A Embratur contratou, sem licitação, a empresa brasileira Artplan Prime para a construção do pavilhão. Empresa que coincidentemente tem como sócios membros da família Bornhausen.
 
O caixa 2. O aliado e o secretário
... Depois dessas confidências, Antônio Carlos perdeu o apoio irrestrito que possuía e passou a declarar que foi o próprio Fernando Henrique quem comandou o esquema de captação de recursos para o Caixa 2 de sua campanha presidencial, através do ex-secretário particular Eduardo Jorge.
 
E o painho renunciou
O desabamento do palanque, onde discursava o cacique Antônio Carlos Magalhães, no dia 8/03, na cidade baiana de Jequié, foi um prenúncio de sua derrocada. Um mês antes, em conversa com três procuradores federais, o ex-governador biônico da Bahia fez uma declaração bombástica: o sigilo da votação secreta que cassou Luiz Estevão havia sido quebrado...
 
Grampos e a chantagem no Banco Central
A estabilidade econômica, que FHC apregoava como grande feito de seu governo, virou sonho de uma campanha de verão. O equilíbrio entre os valores do dólar e do real foi sustentado com grande destreza pelos economistas do Planalto até a eleição de 1998. Neste ano, Gustavo Franco, então presidente do Banco Central, e Francisco Lopes, diretor de Política Monetária, sofriam pressões de empresários para que o real fosse desvalorizado. No dia 13 de janeiro de 1999, o governo federal cedeu. O dólar subiu e Franco saiu por discordar da decisão. 
 
Francisco Lopes foi nomeado para substituí-lo. Em seu novo posto vendia caro informações privilegiadas sobre juros e câmbio. Desta trupe participavam, além de Chico Lopes, Luiz Augusto Bragança, Sérgio Bragança e Rubens Novaes. Salvatore Cacciola, um dos beneficiados e dono do Banco Marka, desconfiava que os informantes do BC estavam escondendo algo. Para tirar a prova, o banqueiro resolveu grampear os telefones de seus antigos parceiros. Descobriu então que os cúmplices do presidente do Banco Central tinham uma relação especial com o banqueiro André Esteves, do banco Pactual, e repassavam informações sigilosas para mais dois bancos. 
 
Estes, recebiam dados mais detalhados do que o Marka. Desde setembro de 1998, Cacciola monitorava as conversas e a partir da instalação do grampo deixou de perder dinheiro. O mercado financeiro, nos meses seguintes, passou a especular uma desvalorização do real. Bragança e Novaes tranqüilizavam seus clientes, afirmando que o câmbio só mudaria em fevereiro de 1999. O abalo financeiro veio antes do previsto. 
 
O Marka não foi avisado a tempo e teve enormes prejuízos. Inconformado, Salvatore Cacciola ameaçou o grupo do BC que levaria a público a fita com as ligações telefônicas grampeadas. A chantagem funcionou. Cacciola levou um bilhão dos cofres públicos. Outros 600 milhões foram repassados para o banco FonteCindam. O presidente da instituição, Luiz Antônio Gonçalves, confirmou que, entre os dias 13 e 14 de janeiro, conversou pelo telefone com Francisco Lopes para resolver os problemas da instituição com as mudanças no limite da banda cambial. Somente esses dois bancos saíram ilesos da mão férrea do BC. O mais esquisito é que Fernando Henrique Cardoso e Pedro Malan ficaram sabendo dessas maracutaias apenas pela imprensa. Pelo menos é o que eles dizem..."
 
O escudo de vidro
As irregularidades no Departamento Nacional de Estradas de Rodagens, um dos principais órgãos do Ministério dos Transportes comandado por Eliseu Padilha (PMDB-RS) estão sendo anunciadas pela imprensa desde o fim do primeiro mandato de FHC. Em novembro de 1997, a Procuradoria da República apontou atos ilícitos num processo de indenização, referente à desapropriação de um terreno no Rio de Janeiro. O caso já durava 15 anos, quando foi feito um acordo entre os envolvidos com o seguinte argumento: representará uma economia aos cofres públicos. Economia que não se justificou, como comprova um procurador da República que declarou que a indenização deveria ser de R$ 47,8 mil e não de R$ 5 milhões como foi repassado pelo DNER aos beneficiários. Já um relatório da Advocacia Geral da União confirmou 41 irregularidades em processos de precatórios do DNER e apontou o envolvimento dos próprios procuradores da autarquia no esquema das fraudes. No final de 2000, o DNER foi condenado pela juíza federal Maísa Giudice a pagar uma indenização ao Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon). O valor a ser pago é de 378, 8 milhões de reais. 
 
Quantia duas vezes maior que o dinheiro desviado na construção do TRT de São Paulo. A dívida na verdade era de apenas R$ 20 milhões. Os beneficiados com a indenização do Sinicon são 31 empresas, entre elas as construtoras OAS, Norberto Odebrecht, Queiroz Galvão, Tratex, Delta e Terplan Engenharia. 
 
Por mais que Eliseu Padilha diga que desconhecia o caso, as evidências mostram o contrário. O ministro dos Transportes tinha informações sobre o pagamento de dívidas judiciais do DNER pelo menos desde 1997. Em janeiro de 1999, Padilha afirmou que deveria ser notificado de todas as propostas de acordo a partir daquela data. Portanto, Padilha já conhecia o caso do Sinicon. O Procurador geral do DNER, Rômulo Fontenelle, determinou que os precatórios de maior valor (superiores a 1 milhão) tinham prioridade, contrariando a Constituição Federal. Por mais que negue, Eliseu sabia…
 
Sintonia Fina - Luzete

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